O Vitória de Guimarães, da I Liga de futebol, vai apresentar um orçamento para 2016/17 com resultado líquido negativo de 172.500 euros na Assembleia-Geral de 04 de junho, informou o clube na sexta-feira, no sítio oficial.

A proposta, que será discutida e votada pelos sócios vitorianos, antevê um défice que resulta das amortizações e depreciações no valor de 905 mil euros, contemplando previamente um resultado operacional de 732.500 euros, que ascende aos 990.500, antes do pagamento de juros e impostos.

O Conselho Fiscal emitiu um parecer favorável por unanimidade ao orçamento, realçando que o resultado líquido, apesar de negativo, melhorou 55% (390 mil euros em 2015/16), bem como o resultado operacional, que aumentou 28%.

O órgão social, presidido por Eduardo Leite, refere, aliás, que nenhuma "opção estratégica" coloca em causa a "viabilidade futura" do clube - integra futebol de formação, modalidades e piscinas -, garantindo que a "consolidação financeira" já está "consumada".

O parecer estima, porém, que os vimaranenses precisam de "liquidar" 1,97 milhões de euros de passivo no exercício de 2016/17, acrescentando que, "além dos meios libertos previstos de 732 mil euros, será necessária uma angariação adicional de liquidez de 1,24 milhões de euros".

O clube de Guimarães, para tal, apresenta rendimentos operacionais na ordem dos 3,812 milhões de euros, que provêm, na sua maioria, das receitas de quotização geral (1,645 milhões - 43,2%), da rubrica que contempla outros rendimentos (728.290 euros - 19,1%) e das modalidades (515 mil euros - 13,5 %).

O Conselho Fiscal destaca ainda a receita adicional de 177 mil euros proveniente de um contrato com um ginásio que vai explorar um espaço no Estádio D. Afonso Henriques, reconhecendo, por outro lado, uma quebra de 7% das receitas de quotização.

O parecer revela ainda que os custos operacionais, de 2,822 milhões de euros, se mantêm face ao ano transato, com a maior parte a ser direcionada para a participação do clube na SAD (1,015 milhões), para os gastos com pessoal (685 mil euros) e para as modalidades (622 mil euros).

As modalidades apresentam assim um resultado operacional negativo de 107 mil euros, tal como as piscinas, com um valor de 32.500 euros, ao passo que o futebol de formação prevê um resultado positivo de 60 mil euros.

A Assembleia-Geral de 04 de junho contempla ainda na ordem de trabalhos a apresentação, discussão e votação da proposta de alteração da sede social do clube do complexo desportivo para o Estádio D. Afonso Henriques.