O futebolista Manuel José reiterou esta quinta-feira a vontade de prolongar a carreira, em Portugal ou no estrangeiro, dizendo estar recetivo a propostas, após sete anos de ligação ao Paços de Ferreira, da I Liga portuguesa.

Manuel José, de 35 anos, confirma ligações afetivas "fortes" ao Paços de Ferreira, mas diz estar preparado para novos desafios, em função do silêncio do clube pacense, com quem termina contrato.

"Para já, a ideia é continuar a jogar. Depende agora das coisas que aparecerem. Estou disponível para qualquer proposta boa, não apenas em termos financeiros, seja da I ou da II Liga", disse Manuel José à agência Lusa.

Esta disponibilidade para continuar a jogar entronca na vontade sempre expressa pelo experiente jogador, que não exclui, também, a possibilidade de voltar ao estrangeiro, repetindo a bem sucedida experiência no Cluj, anterior ao Paços de Ferreira, entre 2006/07 e 2008/09, em cujo clube venceu duas taças da Roménia e um campeonato.

Para trás ficam sete anos de "coisas fantásticas" vividas no Paços de Ferreira, "como o terceiro lugar na I Liga", em 2012/13, ou a presença na "final da Taça da Liga", em 2010/11, ao longo das quais foi uma referência no clube, graças à sua qualidade técnica e visão de jogo, assim como à precisão de passe e colocação de remate.

"Sete anos não são sete dias. Passei coisas fantásticas, o clube e as pessoas dizem-me bastante, mas não vou ficar mais à espera que me digam alguma coisa", acrescentou o futebolista, formado no FC Porto.

Em 2015/16, Manuel José alinhou apenas 332 minutos no campeonato, contra os 1.173 da temporada anterior, com Paulo Fonseca, nomeadamente, e anotou um golo, na Taça da Liga, diante do Portimonense (derrota caseira por 3-2), menos um do que em 2014/15.

O médio/extremo direito foi perdendo preponderância na equipa ao longo das épocas, mas fica ligado aos melhores momentos da história do clube, pertencendo-lhe, nomeadamente, o decisivo golo diante do Estoril-Praia (1-0), a 05 de janeiro de 2013, anotado nos 14 minutos que faltaram disputar, depois da interrupção do jogo da véspera, devido ao nevoeiro.

Com o golo marcado naquele jogo da 17.ª jornada, o Paços assumiu pela primeira vez o terceiro lugar do campeonato, que viria a manter até ao final, logrando a equipa uma inédita qualificação para a pré-eliminatória da Liga dos Campeões.