O Gil Vicente apresentou os pressupostos exigidos pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) para a participação nos campeonatos profissionais, com um orçamento de quatro milhões de euros, que aponta à I Liga.

Segundo o assessor Miguel Sá Pereira, o clube barcelense apresenta um orçamento desta dimensão “sustentado na certeza de que o Gil Vicente irá participar no campeonato da I Liga”.

A 17 de junho, o Gil Vicente solicitou uma providência cautelar contra a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) por esta ter adiado a integração do clube no campeonato principal, conforme determinação judicial.

“O Gil Vicente irá exercer, uma vez mais, o seu direito de acesso aos tribunais, nomeadamente através da instauração de uma providência cautelar de arbitramento de reparação provisória contra a LPFP e todos os responsáveis, pelo não cumprimento da decisão” do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, referia a nota apresentada na altura pelo clube de Barcelos.

Os gilistas pretendem “obter completo ressarcimento de todos os danos e prejuízos que a permanência de mais um ano da Gil Vicente II Liga acarreta”, assumindo que o adiamento da decisão, proposto pela direção da LPFP e aprovado em assembleia geral na quinta-feira, terá como consequência prática a permanência no escalão secundário.

Em finais de maio, o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa declarou nula a decisão do Conselho de Justiça da FPF, de 22 de agosto de 2006, que se limitou a confirmar, em sede de recurso, a decisão da então Comissão Disciplinar da LPFP, de 01 de agosto de 2006, que sancionou o clube minhoto com a sanção de descida de divisão.

Posteriormente, a Federação Portuguesa de Futebol, que prescindiu do direito de recurso, recomendou à LPFP a integração do Gil Vicente na I Liga já na próxima época, assunto que motivou a Assembleia Geral extraordinária.

Porém, o ponto seria retirado durante a reunião magna, por proposta da direção da Liga, em função da possibilidade, já anunciada, de o Belenenses recorrer da decisão do tribunal, o que levou António Fiúsa, presidente do Gil Vicente, a abandonar os trabalhos.