Paulo César Gusmão não se sentou no banco de suplentes devido à falta de equivalência do seu certificado de treinador em Portugal e não escondeu o seu desagrado por não se estrear no banco do Marítimo no desafio com o Sporting.

"A questão de falta de equivalência do certificado em Portugal deixou-me muito magoado e triste, porque o carinho que damos ao receber todos os portugueses no meu país, inclusivamente agora recebendo alguns treinadores portugueses, não correspondeu neste caso em Portugal", afirmou, acrescentando: "Não fui recebido como os meus colegas portugueses foram recebidos no Brasil, o que me deixa triste. O bom senso não prevaleceu."

"Já tomámos as devidos providências. Agora não é comigo, é com a Confederação Brasileira, as duas federações já estão a conversar e espero que se entendam. Até porque se há equivalência para os jogadores, tem de haver para os treinadores. Vou esperar que tudo isso se resolva", sentenciou o técnico na conferência de imprensa após a derrota dos maritimistas (2-0) diante do Sporting.

Já sobre o jogo com os leões, Paulo César Gusmão reconheceu a superioridade do anfitrião, embora tenha lembrado as boas ocasiões falhadas pelos seus jogadores. "Se esperava outra estreia? Olha, foi um prazer ter começado no futebol português, contra uma grande equipa, uma equipa muito bem treinada e que fez um grande jogo.

fizemos uma boa apresentação esta tarde, na casa do Sporting", frisou.

"Jorge Jesus apostou numa estratégia de rodízio, sem ter um homem fixo. O Sporting é uma equipa que trabalha bem a bola, à procura de uma ocasião de golo. Mas a melhor, na cara do guarda-redes, foi nossa. A verdade é que não podemos ter erros, não podemos ter erros na defesa nem no ataque. Mas o futebol é assim e temos que trabalhar já para o próximo jogo", concluiu.