José Fontelas Gomes, presidente do conselho de arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, revelou hoje que as dificuldades financeiras impedem que mais árbitros se juntem à lista de oito inseridos no projeto de juízes profissionais em Portugal.

A afirmação do dirigente foi proferida durante um debate sobre a profissionalização da arbitragem, que teve lugar num seminário na Casa da Baía, em Setúbal, com o título "Profissionalizar o Árbitro? Porquê? Como? Quando?".

"O objetivo é alargar o projeto a mais árbitros, mas as restrições financeiras impedem-nos de ter mais árbitros profissionais, bem como de incluir assistentes", lamentou, referindo que o passo de regulamentar a profissão tem de ser dado pelo Governo.

Para Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), outro dos oradores no seminário realizado no âmbito de Setúbal Cidade Europeia do Desporto 2016, a profissionalização funcionaria como chamariz para a arbitragem. "A nível distrital, há árbitros que fazem cinco/seis jogos por semana. Com a profissionalização, estou convencido que mais pessoas seriam atraídas para a causa", disse.

O líder da APAF defendeu também a criação de um curso de árbitro nas escolas que fosse transversal às diferentes modalidades. "Numa altura em que há vários cursos sem saídas profissionais, acredito que no futuro, a médio prazo, haverá um curso de árbitro, que dê as bases necessárias para preparar os futuros juízes", referiu.

Na iniciativa também estiveram presentes António Marreiros, presidente do Conselho de Arbitragem da Federação de Andebol, e Nuno Coelho, da Associação Nacional de Árbitros de Rugby. Ambos consideram utópica a profissionalização da arbitragem nas respetivas modalidades.

"Infelizmente, só hoje conseguimos pagar a primeira semana de janeiro de 2016 aos nossos árbitros. Não tenho como ter árbitros profissionais", vincou o dirigente do andebol na sessão em que também participou Rui Jesus, presidente da Associação Portuguesa de Direito Desportivo.

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