Quando a bola para, os jogadores do Benfica também param... e assim parecem continuar, pois tendo sido neste tipo de lances que os tricampeões nacionais mais têm sofrido golos esta temporada.

Em nove golos sofridos esta época, sete surgiram a partir deste tipo de lances: cantos, livres e penáltis. O jogo de Nápoles foi particularmente problemático neste capítulo, com três dos quatro tentos a ocorrerem desta forma.

Se no início da época passada, Rui Vitória foi confrontado com a incapacidade de vencer fora do Estádio da Luz - algo que acabou depressa e que se transformou desde então numa série de invencibilidade que ainda perdura em solo nacional -, o técnico encarnado debate-se agora com um novo problema: resolver a fragilidade defensiva nas bolas paradas.

As ausências de Luisão e Jardel não explicam tudo, mas quando o veterano capitão encarnado esteve em campo os encarnados acabaram por não sofrer golos. Foram disso exemplo os jogos com o Braga (Supertaça) e Tondela (Liga). Além disso, as fragilidades aéreas são igualmente uma evidência, pois cinco dos nove golos sofridos apareceram em cabeceamentos.

A lista de adversários que marcaram ao Benfica em lances de bola parada já vai longa e conta com Vitória de Setúbal (Frederico Venâncio), Nacional (Tobias Figueiredo), Arouca (Walter Gonzalez), Besiktas (Talisca), Braga (Rosic) e Nápoles (Hamsik, Mertens e Milik).

Só em outubro é que Rui Vitória passará a ter todas as armas para reforçar a defesa, nomeadamente com o regresso de Jardel, que se revelou o 'patrão' da defesa encarnada na anterior temporada.