O Sporting fechou a primeira volta com um empate 2-2 contra o Desportivo de Chaves. A equipa de Jorge Jesus perdeu a hipótese de se aproximar do Benfica que empatou com o Boavista, perdendo assim uma oportunidade de encurtar a vantagem para o rival de Lisboa.A meio do campeonato, os números mostram que o Sporting perdeu ‘gás’ face à temporada passada. Na época de estreia de Jorge Jesus, o clube leonino era líder isolado com mais dez pontos do que contabiliza atualmente. Caso a equipa tivesse mantido a série do ano passado, estaria em primeiro lugar com dois pontos que o Benfica.

A pontuação acumulada é o primeiro factor de diferença. Na primeira metade do campeonato deste ano, os ‘leões’ conquistaram 34 pontos provenientes de dez vitórias, quatro empates e três derrotas. Os valores acumulados colocam o clube leonino na terceira posição do campeonato, mas com o lugar no pódio em risco uma vez que, em caso de triunfo sobre o Tondela esta 2.ª feira, o SC Braga ultrapassa os ‘leões’. Os resultado dão ainda conta de um atraso para a liderança do campeonato. Na frente segue o Benfica com 42 pontos seguido do FC Porto com menos quatro. Ou seja, o Sporting está a quatro pontos do 2.º lugar e a oito do líder.

Em 2015/16 a história era outra. Sobre a égide do ´cérebro`, o Sporting seguia como líder isolado, a praticar o melhor futebol e com três vitórias morais sobre o Benfica depois de ter vencido por 1-0 na Supertaça, 3-0 em pleno Estádio da Luz, para a Liga e 2-1 para a Taça de Portugal. Com 44 pontos conquistados provenientes de 14 vitórias, dois empates e uma única derrota, o Sporting era líder isolado com mais quatro pontos do que o FC Porto de Julen Lopetegui e do Benfica de Rui Vitória.

A marcar menos e a sofrer mais esta época

Umas das questões mais preocupantes do segundo ano de Jorge Jesus passa pelos golos marcados ou, neste caso, a falta deles. Na primeira época enquanto técnico dos ‘leões’, o clube leonino já contabilizavam 35 golos marcados. Para estes números interessa recordar que o treinador português contava com o contributo ofensivo de João Mário e Islam Slimani. Enquanto o médio português era responsável pela construção de jogo o argelino era o melhor marcador dos ‘leões’.

Este ano, sem a dupla de jogadores que saíram no mercado de verão, Jorge Jesus ‘recebeu’ Bas Dost e Joel Campbell para balancear a ausência de Slimani e João Mário. No entanto, apesar do holandês ser o melhor marcador do campeonato (13 golos na primeira volta), o Sporting tem menos golos marcados. Em contraste dos 35 do ano passado, a equipa de Jorge Jesus não passou dos 28 tentos. Em sentido inverso, a contagem de golos sofridos aumentou do ano passado para este. Na primeira volta de 2015/16, os ‘leões’ sofreram apenas nove golos com um quarteto defensivo composto por João Pereira, Ewerton, Coates e Jefferson.

Este ano, os golos sofridos quase dobraram, com a baliza leonina a ser ´violada` por 16 vezes. Em termos de defesa, apenas Coates manteve a posição de titular indiscutível durante a primeira volta. João Pereira ia trocando com Schelotto enquanto Jefferson alternava com Marvin Zeegelaar. No centro da defesa, Rúben Semedo regressou do empréstimo ao Vitória de Setúbal para ser titular no segundo turno da época.

Com meio caminho andado até ao final do campeonato, o Sporting segue na terceira posição da Primeira Liga com oito pontos de atraso para o líder, Benfica. A posição dos ‘leões’ no pódio está ainda em risco com o SC Braga na calha para uma ultrapassagem (caso vença o Tondela).

No segundo ano no comando do Sporting, Jorge Jesus não tem tido vida fácil. A contestação sobre a sua prestação está a aumentar e os adeptos começam a perder a paciência com o técnico. Para piorar a situação, o clube leonino já está arredado da Taça da Liga (eliminado na fase de grupos) e das Competições Europeias (ficou em quarto lugar na fase de grupos com Real Madrid, Borussia Dortmund e Légia Varsóvia). Só lhe resta a Liga e a Taça de Portugal.