O Benfica, mesmo afetado por uma ‘interminável’ onda de lesões, dominou a primeira volta da I Liga portuguesa de futebol e parte em vantagem rumo ao título, a um inédito ‘tetra’ na sua história.

Depois de uma notável segunda volta na temporada passada, rumo ao ‘tri’, os comandos de Rui Vitória não estiveram tão fortes, mas foram os mais regulares da primeira metade do presente campeonato, com 13 vitórias e 42 pontos.

Os ‘encarnados’, campeões de inverno pela quinta vez em seis anos, somaram mais quatro pontos do que um FC Porto de altos e baixos, mais seis do que um Sporting de Braga que já mudou de treinador - a exemplo de mais 11 equipas - e oito face a um dececionante Sporting.

O Benfica já perdeu mais pontos face aos ‘pequenos’ do que toda a época passada (sete contra cinco), rumo a um recorde de 88 pontos, mas, em contraponto, está melhor face aos ‘grandes’, somando já mais um (quatro contra três).

A diferença foi, aliás, feita perante os outros candidatos, com os ‘encarnados’ a segurarem uma vantagem de cinco pontos sobre o FC Porto com um empate 1-1 no Dragão, à 10.ª ronda, e a impedirem o Sporting de chegar ao comando à 13.ª, com um triunfo por 2-1 na receção ao ‘onze’ de Jorge Jesus.

O percurso dos ‘encarnados’, só ‘manchado’ pelos empates caseiros perante Vitória de Setúbal (1-1) e Boavista (3-3) e o desaire no reduto do Marítimo (2-1), tem ainda mais valor pelas muitas lesões, a mais problemática das quais de Jonas.

As ausências de uns foram as oportunidades de outros, como foi dizendo Rui Vitória, e a equipa funcionou sempre, ou quase, num estilo mais prático, pragmático e eficaz do que vistoso.

Num conjunto que valeu pelo coletivo, e mostrou muitas soluções, foram ainda, assim, vários os destaques individuais, de Pizzi a Fejsa, passando por Ederson, Nelson Semedo, Salvio, o reforço Cervi, Gonçalo Guedes ou Mitroglou.

O Benfica vira à frente, mas tem o FC Porto a apenas quatro pontos, depois de um percurso de ‘altos e baixos’, de incertezas e até contestação a Nuno Espírito Santo.

Os golos do ‘miúdo’ André Silva, que já soma 11, e a consistência defensiva, com Casillas, bem resguardado por Marcano, Felipe e Danilo Pereira, apenas com sete golos sofridos, têm sido o melhor dos ‘dragões’.

As ‘intermitências’ têm, porém sido muitas, sobretudo em reduto alheio, onde o FC Porto apenas venceu três de oito jogos e somou quatro empates a zero.

Os ‘azuis e brancos’ só perderam uma vez, em Alvalade (1-2), mas as igualdades têm impedido a equipa de se aproximar do Benfica, que também não conseguiram bater, em casa (1-1), por culpa de um golo de Lisandro López, aos 90+2 minutos.

Bem pior, tem sido o percurso do Sporting, que, com quatro empates e três derrotas, já perdeu mais pontos (17) do que em toda a época passada (16).

O holandês Bas Dost (13 golos) tem feito esquecer Slimani, e o jovem extremo Gelson Martins é uma das grandes revelações da prova, numa equipa em que também de tem destacado Coates, mas, em termos globais, tem faltado consistência aos ‘leões’.

O Sporting até arrancou bem, com quatro triunfos, e à 12.ª jornada poderia ter voltado à liderança, que falhou na Luz (1-2), mas, no fim da primeira volta, a realidade é um quarto lugar, a que se junta o adeus à Europa e à Taça da Liga.

O ‘onze’ de Jorge Jesus está atrás do Sporting de Braga, que, agora com Jorge Simão no lugar de José Peseiro, fecha o pódio, apenas a dois pontos do FC Porto, com o qual perdeu no Dragão (0-1) aos 90+5 minutos.

Os bracarenses, que tinham como propósito aproximar-se dos ‘grandes’, estão entre eles, à custa da produção nos jogos em casa (25 pontos, em 27 possíveis), sendo que ainda não receberam nenhum dos ‘grandes’.

A equipa minhota, liderada está em posição ‘Champions’, mas tem o Sporting a dois pontos e o Vitória de Guimarães, também a fazer uma grande época, a cinco.

Marega, com 10 golos, tem sido a figura do conjunto de Pedro Martins, que tem estado em ‘grande’ fora (seis vitórias), ao contrário do tem sucedido no D. Afonso Henriques (três).

O Marítimo lidera o ‘outro’ campeonato, após excelente recuperação, até ao sexto lugar, encetada com a entrada de Daniel Ramos, dois pontos à frente do Desportivo de Chaves, que sobreviveu ao adeus de Jorge Simão, e do Rio Ave, melhor com a troca de Capucho por Luís Castro.

O Arouca e o Vitória de Setúbal, que tiveram a ‘coragem’ de manter Lito Vidigal e José Couceiro, respetivamente, seguem nos lugares imediatos, com os históricos Boavista e o Belenenses ainda com boa margem dos lugares perigosos.

Paços de Ferreira, Estoril-Praia, Feirense e Moreirense estão pouco acima da ‘linha de ‘água’, ao contrário de Nacional e Tondela.

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