O antigo dirigente do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão, levantou algumas questões sobre o comportamento do atual presidente do clube de Alvalade e lamentou que Bruno de Carvalho não o tenha recebido a si, e a João Paiva dos Santos, no âmbito de um pedido de auditoria de gestão às contas destes últimos quatro anos em áreas muito específicas.

Em entrevista ao jornal A Bola publicada esta terça-feira, Paulo Pereira Cristóvão considerou que Bruno de Carvalho não esteve ao nível de um presidente do Sporting quando o deixou a si e a João Paiva dos Santos à espera no hall VIP do Estádio Alvalade XXI.

"Um presidente sem medo descia ao hall VIP e explicaria, olhos nos olhos, as suas razões. Isso era um presidente sem medo. O presidente Azevedo de Carvalho fez uma coisa diferente: mandou lá abaixo aquele tal de Geraldes, fotografar-nos ao longe, e a enviar mensagens para onde estava Bruno de Carvalho. E eis que, quando saímos para ir falar com os jornalistas, tanto eu como Paiva dos Santos vimos Bruno de Carvalho atrás duma cortina a espreitar na zona do Conselho Diretivo", afirmou Paulo Pereira Cristóvão.

No entanto, Paulo Pereira Cristóvão acredita que Bruno de Carvalho, "vai ser auditado e toda a sua conduta naquelas áreas vai ser devida e profundamente escalpelizada", acrescentou o ex-dirigente leonino, deixando outra questão: "Quem é que pagou os advogados que o senhor Bruno de Carvalho andou a usar?".

"Pelo que me é dado a ver nestes quatro anos, dá-me para lhe perguntar através de si [jornalista], já que ele comigo tem medo de falar, se sabe o quão longe estará, ou perto, dum processo-crime", atirou Paulo Pereira Cristóvão, para depois enumerar algumas das suas razões para sustentar a acusação.

"Vamos contabilizar as horas desses advogados e saber quanto é que custaram, pois estiveram a servir o senhor Bruno de Carvalho. Mais: se o senhor Bruno de Carvalho levou a família para um estágio da equipa de futebol, quem pagou as viagens? E a estada? Se a namorada anda com ele nas horas de serviço, quem está a pagar?", sentenciou Paulo Pereira Cristóvão.