Bas Dost deu uma entrevista ao jornal ´Dagblad van het Noorden`, da Holanda, onde falou de vários temas: a sua carreira no Sporting, a vida em Lisboa, as diferenças entre Portugal e Holanda, entre outros assuntos.

Bruno de Carvalho foi um dos temas da conversa. O avançado sublinhou que nunca tinha tido um presidente tão presente na vida de um clube.

"O presidente senta-se no banco todos os jogos. Eu nunca via o presidente do Wolfsburgo. Ou antes, via uma vez por ano: na festa de natal. Aqui o presidente está quase sempre no treino. Só falta ele dar o treino, porque de resto está quase sempre lá. Tivemos uma eleição presidencial há pouco tempo e foi um circo. O nosso presidente foi reeleito com um número recorde de votos. Mas o outro homem que também concorreu, por exemplo, queria mudar tudo. Ele falava todos os dias à imprensa, dizia que ia despedir o nosso treinador imediatamente quando fosse eleito e que ia contratar o Juande Ramos. Enfim, é o tipo de situações que na Holanda não acontece. De todo", declarou.

O avançado falou também de Jesus, a quem endereçou os mais variados elogios. Bas Dost frisou que o técnico foi fundamental na sua vinda para o Sporting.

"Nunca tive um treinador que soubesse tão bem o que eu posso e o que eu não posso fazer. E ele sabe muito bem como convencer todos os outros jogadores a jogar de forma a eu poder tirar o melhor rendimento de mim. Recebo exatamente as bolas que eu gostava de receber. Ele entende tudo sobre mim. Conhece-me por dentro e por fora", contou Bas Dost, explicando depois o papel de Jesus na sua transferência para Portugal.

"Se ele não fosse uma pessoa tão importante neste clube, a minha transferência não teria acontecido, porque o Wolfsburgo já tinha recusado duas propostas por mim. Então o presidente do Wolfsburgo disse-me que tinha recebido outra proposta, de um clube que tinha um treinador que era um Deus. Então corri um risco, mas a verdade é que agora estou a fazer golos e o responsável por fazer isso possível é o treinador", lembrou.