Kelvin, o herói do clássico FC Porto-Benfica de 2013, ao marcar um golo que entregou o último título aos dragões, acredita que o duelo de sábado (20H30) é uma "final antecipada" na luta pelo titulo.

Em entrevista à Agência Lusa, o extremo brasileiro - que está emprestado pelo FC Porto ao Vasco da Gama - reitera ainda a sua lealdade ao clube azul e branco, declarando estar "a torcer" por um triunfo portista no Estádio da Luz no embate da 27.ª jornada, que poderá lançar a formação orientada por Nuno Espírito Santo para a liderança do campeonato.

"Esta jornada é decisiva, sim. O jogo vai ser fora de casa e para o FC Porto vai ser um dos jogos mais importantes, senão o mais importante (da época). Creio que vai ser um grande jogo, mas ainda há depois mais sete partidas. É uma final antecipada", afirma o jovem jogador, de 23 anos.

O golo assinado aos 90+2' do clássico que decidiu o título há quase quatro anos valeu a Kelvin um lugar no museu do FC Porto e na memória coletiva dos adeptos. Apesar dos anos que já passaram, o jogador orgulha-se de um "golo histórico" e que "vai ficar marcado para sempre", além de equiparar a situação pontual do duelo de então à do jogo do próximo sábado.

"Vai ficar na história do FC Porto e na do Benfica, porque foi também uma final antecipada na época. Era uma final em que eles estavam na frente e nós conseguimos passar. Essa situação de hoje é a mesma. Vou estar sempre a torcer pelo FC Porto para vencer o Benfica", disse.

Sob a garantia de antever um FC Porto que vai "entrar com o pensamento de vencer o jogo", Kelvin elogia a união da equipa, que sentiu de perto numa breve passagem pelo clube em dezembro, tendo inclusivamente participado no jogo da 17.ª jornada, frente ao Moreirense.

"A equipa está muito unida. Estive lá em dezembro e senti isso. Todo o mundo 'comprou' a ideia do treinador. É uma equipa muito fechada e centrada naquilo que quer. Quando estive lá, participei em algumas reuniões da equipa e vi que o treinador estava mesmo focado em conseguir o título", explica.

No entender do avançado, essa união vai contar também com uma forte determinação dos jogadores para o embate com o rival: "Já se sai do último treino com 'sangue nos olhos', querendo entrar logo em campo. Nem era titular na época em que fiz o golo e já sentia isso dentro de mim. Tenho a certeza de que agora também os jogadores estão com 'sangue nos olhos' para vencer".

Apesar de ter convivido pouco tempo com o treinador Nuno Espírito Santo nos dragões, Kelvin não poupa elogios ao jovem técnico portista, enaltecendo a forma como conseguiu construir um grupo coeso e ambicioso e se tornou "um pai" para todos os jogadores.

"Estive lá pouco tempo, apenas um mês, mas foi um treinador muito sincero comigo. Não o conhecia, só conhecia mesmo dos outros clubes por onde tinha passado. Alguns jogadores falaram-me que era uma pessoa boa, humilde e muito trabalhadora, e foi isso que vi nele. Ele sabe ouvir toda a gente e fiquei com uma boa impressão", remata.