O Tribunal do Trabalho de Viseu condenou o Tondela a pagar mais de quatro mil euros ao antigo jogador do clube Deyvison, que representava os 'auriverdes' na época em que subiram ao escalão maior de futebol.

A decisão do Tribunal do Trabalho de Viseu foi conhecida na quinta-feira, tendo o Tondela sido condenado a pagar ao atleta quatro mil euros acrescidos de juros à taxa legal, desde a cessação do contrato até ao seu integral pagamento.

Deyvison, que alinhou pelo Tondela em 2013/2014 e 2014/2015, reclamava o pagamento de um prémio de dois mil euros, que lhe tinha sido prometido por ter alinhado em mais de 60 por cento dos jogos e ainda um outro prémio, também de dois mil euros, pela subida à I Liga.

Contactado pela Agência Lusa, o advogado do atleta, Pedro Macieirinha, confirmou a sentença do Tribunal do Trabalho de Viseu, que acabou por dar razão ao pedido do atleta.

A sentença proferida refere ainda que ficou provado que o jogador em questão recebia mensalmente dois mil euros líquidos, embora o seu contrato de trabalho aluda a uma retribuição de 11.900 euros ilíquidos em 10 prestações mensais na época 2013/2014, e de 17 mil euros na época 2014/2015, também em 10 prestações.

Também ficou provado, em relação a um documento junto ao processo, que o mesmo não podia ter sido assinado pelo atleta, que à data se encontrava no Brasil, como atestou o seu passaporte.

Tal assinatura terá sido "colhida de forma ardilosa", daí que o tribunal tenha requerido a sua anulação.

No início de março, o Tondela já tinha sido condenado ao pagamento de dois mil euros (acrescidos de juros) ao antigo jogador Vítor Alves, um valor que o clube se tinha comprometido a pagar com a subida à I Liga.

No caso do antigo atleta André Carvalhas, que também reclamava o prémio da subida, o Tondela acabou por ser absolvido, "por via da celebração de contrato de remissão".

A agência Lusa tentou contactar, sem sucesso, o presidente do Tondela, Gilberto Coimbra.