O selecionador de futebol de Portugal, Fernando Santos, encara com “normalidade” a visita do papa a Fátima e destaca o eco que têm tido os apelos de Francisco “em causas como a solidariedade e o amor ao próximo”.

“Encaro esta visita com toda a naturalidade, da mesma forma que quando vieram Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI. Acho que esta visita do santo padre a Fátima é perfeitamente normal, principalmente este ano, em que se comemora o centenário das 'aparições'”, disse Fernando Santos à agência Lusa.

O selecionador, que depois de alguns anos afastado da igreja assumiu, a partir de 1994, uma vida cristã ativa, ainda não sabe se marcará presença no santuário de Fátima a 13 de maio, dia no qual o papa Francisco presidirá também à cerimónia de canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco.

“Ainda vou ver se estarei [em Fátima], é muito possível que sim, mas ainda não sei. Gosto do silêncio de Fátima, não gosto tanto do barulho de Fátima”, disse.

Fernando Santos, que em julho passado levou a seleção portuguesa à conquista do título de campeã europeia, admite já ter estado “duas ou três vezes” em Fátima nas datas comemorativas das “aparições” de 1917, mas acrescenta: “Não é muito normal eu estar em Fátima com muita gente. Eu gosto do silêncio de Fátima, não gosto do barulho de Fátima ”.

O técnico, que já orientou, entre outros, os três ‘grandes’ do futebol português e a seleção da Grécia, entende que mais importante do que avaliar o impacto que a visita do papa poderá ter na igreja portuguesa é avaliar o seu significado na relação com Deus.

“A igreja é, obviamente, o rosto visível do catolicismo, mas o que é importa é que isso [a presença do papa em Fátima] tenha um forte significado na relação com Deus”, afirma.

Fernando Santos, de 62 anos, assume ter devoção a Nossa Senhora, mas, adorar “Deus acima de todas as coisas”.

Francisco vai estar menos de 24 horas em Fátima, onde presidirá às cerimónias do centenário das “aparições” na Cova da Iria e vai canonizar os pastorinhos Jacinta e Frrancisco.