É certo que Bas Dost não teve grande concorrência nesta edição do campeonato – exemplo disso os quinze golos que separam o holandês do segundo melhor marcador, Soares – mas isso não quer dizer que não tenha havido quem deixasse o seu contributo para os 728 tentos apontados esta temporada, na Primeira Liga.

Nesse sentido, foram os ‘grandes’ a dominar o ‘top-5’ dos goleadores, que inclui, além do avançado do Sporting, o já referido Soares (FC Porto), Mitroglou (Benfica), André Silva (FC Porto) e Jonas (Benfica). Marega, jogador emprestado pelos ‘dragões’ ao Vitória de Guimarães, terminou na quinta posição do ‘ranking’, com os mesmos 13 golos que Jonas, mas com mais jogos disputados do que avançado dos ‘encarnados’.

Soares

Não fosse Bas Dost e Tiquinho Soares seria, porventura, a figura máxima deste campeonato. O brasileiro terminou a temporada com 19 golos, o segundo melhor registo da prova, distribuídos pelo V. Guimarães (7), clube que representou na primeira metade da época, e pelo FC Porto (12). A estreia de sonho com a camisola dos ‘dragões’ – apontou dois golos no clássico com o Sporting – deu logo a entender que o brasileiro seria peça fundamental no percuso dos ‘dragões’ pelo título.

O título não chegou, mas se a equipa de Nuno Espírito Santo esteve tantas vezes lá perto, em parte foi por ‘culpa’ de Soares, cujos golos ajudaram a encobrir uma equipa com problemas gritantes na finalização.

Mitroglou

O avançado grego fecha o pódio dos marcadores, com 16 golos apontados, o melhor registo conseguido por um jogador do Benfica. Ao contrário de Bas Dost e Soares, nenhum dos tentos apontados pelo jogador das ‘águias’ foi de grande penalidade – Jonas e Jiménez foram os marcadores de serviço. A lesão do brasileiro, melhor marcador do campeonato na época passada, fez com que o grego se soltasse na frente de ataque, o que levou a um registo de seis jogos consecutivos a marcar, traduzidos em nove golos (Taça e Liga dos Campeões incluídos).

Perdeu algum fulgor na reta final da prova, mas é inegável o contributo de Mitroglou para que os ‘encarnados’ pudessem festejar o tetracampeonato, com o jogador a revelar-se decisivo em jornadas difíceis para a sua equipa, caso das visitas ao SC Braga e ao Moreirense (vitória por 1-0 em ambos).

André Silva

Conquistou de imediato os adeptos portistas. Volvidas oito jornadas, o jovem avançado somava já sete golos, registo esse que lhe valeu a chamada, e consequente titularidade, na Seleção. Tudo isto com 21 anos. A chegada de Soares em janeiro afastou-o da baliza, o que naturalmente fez com que marcasse menos. Foi precisamente nesta fase que o jogador foi oscilando entre a titularidade e o banco, fechando o campeonato, ainda assim, com a quarta melhor marca: 16 remates certeiros em 32 jogos.

Jonas

Impressionante como um jogador que passou parte da época no departamento médico tenha conseguido terminar esta edição da Liga no ‘top 5’ dos melhores marcadores, com 13 golos. Estreou-se a marcar esta época, na Liga, frente ao Vitória de Guimarães, na 16.ª jornada, precisamente a mesma equipa frente à qual fechou com chave de ouro a sua participação na prova: dois golos, um deles um chapéu do outro mundo a Douglas.

Longe do registo alcançado na temporada transata, Jonas foi obrigado a apanhar o comboio a meio, mas ainda assim houve tempo para fazer o primeiro golo da carreira frente a um ‘grande’ – no empate a uma bola com o FC Porto – e para ultrapassar Magnusson no segundo lugar dos melhores marcadores estrangeiros do Benfica na prova, com 65 golos, superado apenas pelos 112 de Óscar Cardozo.

Marega

Com os mesmos 13 golos que Jonas, mas com mais seis partidas disputadas, está Moussa Marega. O maliano, cedido pelo FC Porto ao Vitória de Guimarães, arrancou de forma desenfreada no campeonato, apontando dez golos nos primeiros nove jogos. Para Nuno Espírito Santo ver.

Só que no melhor pano cai a nódoa e logo na jornada seguinte, Marega viu o vermelho direto, que o afastou da competição durante duas partidas. A chamada ao CAN, por sua vez, também levou a que o avançado perdesse algum protagonismo. Ainda assim, conseguiu ajudar os vimaranenses a marcar posição na Europa, com um impressionante quarto lugar.