Vender para comprar. Parece ser esta a máxima do FC Porto neste defeso. A equipa de Sérgio Conceição tem sido a menos ativa dos três ‘grandes’, estando mais preocupada em aliviar a sua folha salarial. Nesse sentido, qualquer contratação dos ‘dragões’ estará dependente do encaixe financeiro que possa resultar da saída de alguns jogadores considerados excedentários.

Os casos mais urgentes

Entre emprestados e jogadores da equipa B, são vários os jogadores que necessitam de colocação, uma vez que não têm espaço no plantel ‘azul e branco’. Adrián López é um dos casos mais urgentes e, ao mesmo tempo complicados, muito por culpa do elevado salário que aufere.

Com contrato até 2019, o espanhol esteve emprestado nas duas últimas épocas ao Villarreal. Na temporada transata ainda chegou a ser opção para Nuno Espírito Santo nos primeiros jogos, mas acabou por perder espaço e rumar a Espanha. O Bétis poderá ser o próximo destino, mas não por um valor próximo dos 11 milhões de euros que o FC Porto pagou por 60 por cento do seu passe.

Fora das opções de Sérgio Conceição estão também Quintero e Josué. O primeiro esteve emprestado meia época ao Independiente de Medellín, da Colômbia, onde realizou 20 jogos e apontou 10 golos. Nunca conseguiu afirmar-se nos ‘dragões’, pelo que deverá rumar a outras paragens. Fala-se na MLS. Com contrato até junho de 2018, Josué deverá ser vendido a título definitivo, para que a SAD portista possa realizar encaixe com o médio. Depois da cedência ao Galatasaray em 2016/2017, o jogador deverá continuar na Turquia, mas não no mesmo clube.

'Tapados' pela concorrência

Suk chegou ao Dragão depois de uma campanha promissora no Vitória de Setúbal, mas acabou por não ter a mesma fortuna na Invicta. Depois de uma meia temporada apática, acabou por ser emprestado ao Trabzonspor e mais tarde ao Debreceni. Não faz parte dos planos de Conceição para a nova temporada e, de acordo com o L’Équipe, interessa ao Lens e o Caen.

Víctor Garcia e Fabiano Freitas também não deverão continuar, por falta de espaço. Tanto o lado direito da defesa como a baliza estão asseguradas, pelo que o venezuelano e o brasileiro deverão voltar a ser emprestados – o primeiro esteve cedido ao Nacional na última época, ao passo que o guarda-redes representou o Fenerbahce durante duas temporadas, também a título de empréstimo.

Gonçalo Paciência, por sua vez, é um dos casos que mais dúvidas levanta. O avançado chegou a ser considerado uma das grandes promessas da sua geração, mas depois de quatro jogos na equipa principal dos ‘dragões’, em 2014/2015, acabou por ser emprestado a Académica, Olympiakos e Rio Ave. Chegou a falar-se num eventual interesse dos italianos do Parma.

Da formação à porta de saída?

Leandro Silva, Sandro Fonseca e Ivo Rodrigues são três exemplos de jogadores formados no FC Porto - ainda aguardam pela estreia na equipa principal – mas que também se debatem com a falta de espaço no plantel às ordens de Sérgio Conceição após a transição para sénior.

Leandro Silva, médio de 23 anos, que chegou a ser emprestado à Académica e ao Paços de Ferreira, deverá rumar ao Antuérpia, da Bélgica. Igual destino deverá ter Ivo Rodrigues, extremo de 22 anos, também ele alvo de vários empréstimos – V. Guimarães, Arouca e Paços de Ferreira. Por último, Sandro Fonseca, defesa de 20 anos, nem sequer teve oportunidade na equipa secundária dos ‘dragões’ tendo sido emprestado a emblemas do Campeonato de Portugal.