O selecionador português de futebol afirmou hoje que já tem a "estratégia" para tentar vencer na terça-feira a Dinamarca, embora ainda tenha "dúvidas no onze", e espera que Cristiano Ronaldo repita a exibição do ano passado na Suécia.

Na conferência de imprensa de antevisão do encontro da segunda jornada do Grupo I de qualificação para o Euro2016, Fernando Santos lembrou que a Dinamarca é uma "seleção muito forte", mas Portugal está preparado para tudo o que vai encontrar em Copenhaga.

"A nossa filosofia é ganhar. Isto não mostra desrespeito pela Dinamarca, mas mostrar sim o nosso nível de confiança. Já tenho a estratégia, mas o ‘onze’ ainda não está definido. Tenho ideia do ‘onze’, claro, mas ainda não está fechado", afirmou Fernando Santos no Estádio Parken, na capital dinamarquesa.

Em novembro do ano passado, também na Escandinávia, mas em Estocolmo, Cristiano Ronaldo marcou três golos frente à Suécia (3-2) e apurou Portugal para o Mundial2014. Na terça-feira, Fernando Santos quer ver o capitão da seleção lusa a rubricar igual exibição.

"O que eu espero é que ele jogue sempre como na Suécia", frisou o selecionador nacional, depois de questionado sobre a razão pela qual o rendimento de Ronaldo na equipa das "quinas" é diferente do que tem no Real Madrid.

Para Fernando Santos, a Dinamarca é uma das candidatas ao apuramento no Grupo I, embora o novo modelo do Europeu, com 24 participantes, dê esperança a quase todas as equipas.

"Desta forma, as seleções sabem que podem chegar à fase final do Euro e por isso apostam e investem muito mais. Isso explica os resultados que têm acontecido nesta fase. A Dinamarca é muito forte e candidata a seguir, também a Sérvia, mas, se ignorarmos a Albânia e a Arménia, então estamos sujeitos a correr um grande risco", explicou.

Frente à Dinamarca, Santos quer também vencer para "oferecer uma prenda aos portugueses", num jogo em que afinal vai poder estar sentado no banco e, nessa posição, voltar a ouvir e cantar o hino de Portugal, como aconteceu no sábado, no particular com a França, em Paris.

"Ouvir o hino pela primeira vez como selecionador foi um momento de muita emoção para mim. Não sabia se me apetecia chorar ou se me apetecia rir. Nesse sentido, claro que tem uma carga emocional que não tinha na Grécia, mas sou uma pessoa muito racional e o importante é ganhar amanhã (terça-feira)", referiu.

Fernando Santos assumiu ainda que preferia não ter defrontado a França no último sábado, em jogo de preparação, não pelo valor do adversário, mas por causa da "carga emocional" que o jogo em Paris teve.

"Se tivesse sido eu a escolher, não teria escolhido a França. Teria feito um jogo particular, mas não com a França. São jogos que têm uma carga emocional muito forte para os emigrantes e acaba por pesar. Teria preferido outro tipo de jogo", disse o novo selecionador nacional.

Após a conferência de imprensa, Fernando Santos desceu rapidamente do segundo andar para o relvado do Estádio Parken para dirigir o habitual treino de adaptação ao palco do encontro.

Enquanto ainda decorriam os habituais exercícios de aquecimento, Nani esteve alguns minutos à conversa com o adjunto Ilídio Vale.

Depois disso, nos primeiros 15 minutos do treino que estiveram abertos à comunicação social, Fernando Santos esteve quase sempre à conversa com o seu adjunto, enquanto os 23 jogadores aqueciam, alterando corrida com exercícios com bola.