O Futebol Clube de Arouca emitiu um comunicado em que «exige» que o árbitro João Capela seja responsabilizado por «desvirtuar a verdade desportiva» do encontro do passado domingo com o Sporting B, da sexta jornada da II Liga.

Se tal não acontecer, o clube garante que adota «posições irreversíveis, designadamente, abandonar as competições profissionais». É também esta a mensagem que querem passar hoje na reunião com o presidente da Liga, Mário Figueiredo.

A causa do descontentamento é a arbitragem de João Capela e o facto de ter assinalado duas grandes penalidades em cerca de 5 minutos, que permitiu ao Sporting B dar a volta ao resultado, já que até então perdia por 1-0.

No final do jogo houve invasão de campo e o árbitro teve de ter proteção da GNR para abandonar o relvado.

A direção do clube de Terras de Santa Mafalda afirma que estranhou a postura do árbitro desde a sua chegada ao Municipal de Arouca, da mesma forma que não percebeu a sua nomeação, sendo ele um árbitro de Lisboa.

As acusações atingem ainda o dirigente leonino Manuel Fernandes, denunciando o «tratamento de grande intimidade» entre este e João Capela.

«Ó João não te deixes ir em fitas por esta gentinha que estão nos lugares cimeiros à custa de penalties, eles não prestam para nada, são uns serranitos», terá chegado a dizer Manuel Fernandes ao árbitro, como denuncia o comunicado do Arouca.

O Arouca tem audiência marcada para hoje com o presidente da Liga e espera vir de lá com a certeza que João Capela será responsabilizado pelos «prejuízos» causados, que, entende a direção, «poderão ser irreparáveis».

Também em comunicado, os responsáveis do Sporting defenderam a postura de Manuel Fernandes, frisando que o delegado ao jogo Arouca-Sporting B «defendeu correta e adequadamente, mas de forma intransigente, como sempre o fez, a instituição».

O clube de Alvalade adiantou que «aguarda serenamente a avaliação que a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e da Federação Portuguesa de Futebol irão fazer aos graves acontecimentos (…) que em nada prestigiam o futebol e o desporto português, na certeza que não passarão sem as devidas sanções».