O presidente da SAD do Leixões, Paulo Lopo, disse à agência Lusa estar "sereno" após o Ministério Público (MP), hoje no debate instrutório, ter defendido a manutenção na íntegra do despacho de acusação do processo 'Jogo Duplo'.

Perante isto, para a SAD do Leixões, a única indiciada no processo, foi proposta a "proibição de participação nas I e II ligas nacionais de futebol e de privação do direito a subsídios, subvenções ou incentivos outorgados pelo Estado, autarquias locais e demais pessoas coletivas públicas por um período não inferior a três anos".

Paulo Lopo lembrou que esta pretensão do MP "decorre do processo normal" e que a acusação "já o havia pedido anteriormente".

"Estamos serenos, pois só na sexta-feira é que ficaremos a saber se vamos a julgamento", disse, argumentando que "mesmo que assim seja", existe a consciência de que "o Leixões nada fez para ser castigado".

"Por muito que nos queiram derrotar fora do campo é dentro dele que queremos mostrar a raça e determinação que nos caracteriza", finalizou o líder da SAD de Matosinhos.

O MP defendeu hoje durante o debate instrutório que o processo 'Jogo Duplo', com 27 arguidos, relacionado com viciação de resultados no futebol, siga para julgamento, pedindo que seja mantido "na íntegra" o despacho de acusação.

A decisão instrutória, que visa pronunciar ou não os arguidos, isto é, se vão ou não a julgamento, ficou agendada para sexta-feira, às 16:00.

O então líder da SAD Carlos Oliveira e o diretor desportivo Nuno Silva foram detidos em maio de 2016 no âmbito da operação levada a cabo pela Polícia Judiciária pela suspeita de viciação do resultado do jogo em Oliveira de Azeméis, cuja vitória valeu a manutenção na II Liga ao clube de Matosinhos.