"Há uma reserva de uma vaga e vamos esperar até ao fim que seja preenchida pelo Gondomar. Temos a mesma hipótese que tem o Vizela. Estamos iguaizinhos, zero a zero. A Liga vai ter de decidir", disse Álvaro Cerqueira, presidente do Gondomar.

Já Paulo Pinheiro, presidente do Vizela, defende a sua posição: "O nosso processo tem seis anos. Sem escutas telefónicas, o processo do Vizela não existe.

Devolvendo as escutas e retiradas do processo, não existe nada contra o Vizela. Faz todo o sentido repor a justiça e colocar o Vizela no lugar a que tem direito, que é na Liga Vitalis".

A Comissão Disciplinar da LPFP tinha anunciado a 09 de Junho a despromoção do Vizela e também do Gondomar (que já tinha descido desportivamente), na sequência do processo de corrupção desportiva Apito Dourado - ambos ficaram reduzidos a zero pontos -, mas agora a Liga admite repescar uma das equipas.

"Não posso dizer se vai ser moeda ao ar. A Liga vai ter de decidir quem vai repescar. O desempate não podemos ser nós a fazer, pois se fosse eu fazia para o meu lado", disse o líder gondomarense.

O presidente do Vizela lembrou, por seu lado, que o Tribunal Administrativo de Lisboa deu razão às pretensões do clube, pelo que exorta a Liga e Federação a esquecer as escutas telefónicas, que diz serem "ilegais em processos disciplinares".

"O tribunal deu completa razão ao Vizela. Já recorremos terça-feira para pleno do CJ da federação, que tem de respeitar a lei e agir de acordo com o que os tribunais decidem. A lei é bem clara, em caso de processos disciplinares, as escutas telefónicas são ilegais. Se isso tivesse sido feito desde princípio, não estávamos nesta situação", frisou.

Penafiel e Carregado, que falharam a subida à Liga Vitalis (conseguida pelo Desportivo de Chaves e Fátima), também advogam o direito de serem eles a disputar a vaga em causa, mas, ao contrário de Vizela e Gondomar, não foram convidados para o sorteio da prova realizado esta manhã no Porto.