Eduardo Matos foi escolhido pelos sócios presentes na Assembleia-geral de 16 de Agosto para dirigir essa comissão, mas nunca chegou a exercer funções devido a uma providência cautelar interposta por três associados, que alegaram diversas irregularidades ocorridas durante essa reunião.

O advogado contestou, mas esta quinta feira, na 2ª Vara Cível do Porto, acordou com Álvaro Braga Júnior a realização de uma nova Assembleia-geral para ver se os sócios ratificam as deliberações aprovadas em 16 de Agosto ou as rejeitam.

A ideia da realização de uma nova assembleia foi da “juíza” que tomou conta deste caso e, segundo Eduardo Matos disse à Agência Lusa, teve em conta que, entretanto, a construtora Somague pediu a insolvência do Boavista, por uma alegada dívida de 34,5 milhões de euros.

“Acatarei a decisão que os sócios tomarem e voltarei a ser um anónimo boavisteiro, como era até ao momento em que apareci, se os sócios não aceitarem o que foi deliberado a 16 de Agosto”, garantiu Eduardo Matos.

“Não quero ter responsabilidades no afundamento do clube”, justificou.

O advogado confirmou, também, que se opôs à ideia de convocar eleições antecipadas para a direcção, por “continuar convicto de que uma comissão administrativa era a melhor solução até se saber qual a real situação do clube em termos económico-financeiros”.

Eduardo Matos alega que “os candidatos devem saber” com o que podem contar e isso, reafirmou, passa por “saber quanto se deve e a quem e por tentar dialogar com os credores”.