O presidente do Boavista afirma esperar que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) tenha «a honradez e a elevação de reconhecer os graves erros» dos anteriores corpos sociais, realçando, ainda que «o plantel tem recebido atempadamente os seus salários».
As declarações de João Loureiro constam de uma entrevista dada ao renovado sítio do clube na internet, a pretexto dos primeiros 30 dias desde que tomou posse do cargo.
Loureiro voltou ao Boavista após as eleições realizadas em 28 de dezembro, tendo-se apresentado como líder da única lista concorrente, e foi empossado presidente da direção a 02 de janeiro.
Na entrevista, o dirigente aborda as recentes vitórias que o Boavista obteve nos tribunais administrativos, que anularam a decisão tomada pela justiça federativa, em 2008, de despromover o clube à segunda divisão nacional de futebol.
«Espero bem que a Federação tenha a elevação e a honradez de reconhecer os graves erros cometidos por anteriores corpos sociais», disse hoje o presidente boavisteiro, considerando que a «tentação de somar a um grave erro outro grave erro apenas faria multiplicar ainda mais os danos e as responsabilidades para os seus agentes».
João Loureiro falou ainda do Processo Especial de Revitalização (PER), a que o Boavista aderiu em novembro último, por iniciativa da direção anterior, e que disse ser a sua grande prioridade.
Recorde-se que o clube aderiu ao PER alegando «insustentabilidade financeira» e, o pedido dirigido ao Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia, reconheceu ter quase 50 credores, aos quais deve 48,3 milhões de euros.
«Posso dizer que se conseguiu ganhar algum tempo adicional para, de forma construtiva, se poderem analisar e estudar, em contacto e consenso com os nossos credores, uma solução de fundo que permita resolver esta grave situação», disse hoje João Loureiro ao sítio axadrezado.
«Que ninguém julgue que os resultados aparecerão no imediato, pois o que se pretende é que as coisas sejam feitas de modo sustentado e sólido, começando os respetivos frutos a aparecer ao longo do tempo», insistiu.