O presidente da câmara municipal de Espinho, Pinto Moreira, refutou esta quinta-feira  as acusações de falta de apoio ao Sporting de Espinho, recordando que a autarquia ajudou o clube em meios e 92.500 euros.

Em nota de imprensa, Pinto Moreira fala de um protocolo que prevê a disponibilização de «equipamentos municipais mais 40 mil euros, a que acrescem mais 52.500 euros provenientes de verbas do jogo».

O vice-presidente para o futebol do Sporting de Espinho, José Vieira, assumiu na terça-feira uma dívida de quatro a cinco meses de subsídios e responsabilizou a autarquia pela quebra de apoios.

«Não fugindo às nossas responsabilidades, assumo alguns erros das direções, mas o principal problema é a falta de apoio do município», disse o vice-presidente do Sporting de Espinho, que viu o subsídio do fundo de turismo, contrapartida da presença de um casino na cidade, reduzido de 70 para 20 mil euros, revelando que o clube «perdeu ainda todos os apoios da autarquia».

«A autarquia (...) aprovou o projeto de arquitetura do novo estádio e o Plano de Pormenor dos terrenos do clube, processos que se arrastavam há anos, por incapacidade do anterior executivo municipal», revela o autarca, que afiança que, no âmbito das suas competências, foram dadas “todas as condições para que o clube desenvolva as suas atividades, sejam elas profissionais ou de formação.

Pinto Moreira recorda ainda que a autarquia «foi notificada de uma penhora ao Sporting Clube de Espinho de créditos presentes e futuros, vencidos e não vencidos até ao montante de 3.193.008 euros que impedem qualquer pagamento ao clube».

«A ignorância da lei por parte do senhor José Vieira não o desculpabiliza nas suas declarações, até porque, como responsável pelo futebol do Sporting Clube de Espinho, é conhecedor dos factos supra descritos», acrescenta o Pinto Moreira, que fala em «respeito» ao clube para «manter reserva em relação a outros aspetos».