A frase “era melhor ter ficado em casa a dormir” foi a mais ouvida nas bancadas do Estádio do Mar, especialmente na primeira parte do encontro, fraca demais para uma liga profissional.

Na realidade, nenhuma das equipas chegou a acordar totalmente. Apenas o trio de arbitragem, liderado por Duarte Gomes, deu sinais de ter tirado as remelas dos olhos, acção justificada na amostragem de quatro cartões amarelos só na primeira parte.

E foi preciso esperar 25 minutos para registar o primeiro lance digno de referência, num remate seco de Fábio Espinho para defesa fácil de Ney.

Sem surpresas, a crónica do jogo salta para a segunda parte, bem mais animada que os 45 minutos iniciais.

O primeiro toque de despertar surgiu para a formação açoriana, através de um remate de Jorge Monteiro a roçar o poste da baliza de Ricardo( 58). Antes, na baliza contrária, Fábio Espinho pôs à prova a atenção do guardião Ney, num livre directo bem executado.

As arrancadas de Jean Sony, pelo flanco direito, despertavam os exigentes adeptos da casa, que, aos 72 minutos, fecharam os olhos quando viram Alex isolar-se na frente de ataque açoriana. Ricardo, atento e destemido, evitou o golo para o Santa Clara.

Golo que havia de surgir, sem que nada o fizesse prever, à passagem pelo minuto 75. Oliveira cruza largo para o interior da área, onde aparece sozinho Feliciano a inaugurar o marcador.

No minuto seguinte, Jorge Monteiro podia ter empatado a partida, quando, isolado na cara de Ricardo, atirou de cabeça por cima da baliza do guardião leixonense.

Foi o melhor período do jogo, que acabava pouco depois com a primeira vitória do Leixões no campeonato.