Porfírio Amorim, treinador do CD Trofense, da Liga de Honra de futebol, criticou hoje a arbitragem de Carlos Xistra, após o Trofense-Gil Vicente, que acabou empatado 2-2.

Quem vencesse a partida de hoje ficaria no primeiro lugar, mas, com este resultado, a equipa da Trofa perdeu a liderança da prova para a Oliveirense, que, de manhã, venceu em Fátima (2-1).

O Trofense esteve a vencer o Gil Vicente até aos 73 minutos, com golos de Nildo (19 minutos) e Serginho (37), mas Zé Luís (73) e Richard (92) fizeram o empate, deixando os adeptos trofenses apáticos e desiludidos e os gilistas ao rubro.

Na sala de imprensa que, há duas semanas, Porfírio Amorim abandonou depois de se manifestar «triste» por «existirem pessoas que só sabem dizer mal e não acreditam no clube», o treinador, desta feita, criticou a arbitragem de Carlos Xistra, deixando, ainda que sem aprofundar, no ar a dúvida sobre se os critérios de arbitragem mudam por se tratar do Gil Vicente.

«Foi uma pena ver o Trofense empatar. Não merecíamos. Assistimos a uma arbitragem inteligente com um critério largo, onde cabem as pequenas e as grandes faltas, coisas que devem ser marcadas e coisas que não. Não estou a dizer que a equipa do sr. Carlos Xistra veio à Trofa para nos prejudicar, mas acabou por prejudicar o Trofense. Um lance de fora de jogo ao Zé Miguel, faltas no ataque do Gil Vicente, e outras situações. Interessante ver que isto acontece quando o Gil Vicente é o adversário», disse Porfírio Amorim.

O técnico lembrou o jogo da primeira volta que o Trofense perdeu em Barcelos, para garantir que «teve situações semelhantes de critério de arbitragem alargado»: «Naquela altura, a equipa ainda não estava bem preparada para estas situações. Mas o que está em causa não é isso, mas sim o facto de ser interessante ver estas situações quando é o Gil Vicente que está na frente. Este empate foi muito penalizante para nós, porque estávamos em primeiro lugar e a cavar um fosso para os outros clubes».

Já o treinador dos visitantes, Paulo Alves, considerou o resultado «justo e importante» pois «a equipa acreditou até ao fim».

«Assistimos a duas partes completamente distintas. Se calhar a minha equipa ainda vinha a pensar no jogo da semana passada com o FC Porto para a Taça da Liga e a lesão do Cláudio mexeu com a equipa cedo demais. O Daniel entrou a frio. Mas importante é dar os parabéns a um grupo que acreditou até ao fim», disse Paulo Alves.

De acordo com o técnico gilista, o defesa Cláudio terá fracturado a clavícula, adivinhando-se uma longa paragem.