Luís Albuquerque diz que «é muito difícil continuar no clube com os actores que estão em cena», referindo-se às forças vivas da cidade e do concelho, que acusa de terem abandonado o clube.

«Quando assumi a presidência do CD Fátima, há três anos, tínhamos acabado de descer da Liga de Honra à II divisão, mas tinha o apoio das forças vivas da cidade e do concelho, o que não acontece agora. Então, faço-lhes a vontade e vou-me afastar para que eles possam resolver os problemas», disse Albuquerque.

O dirigente admite que «não era desta forma que queria sair», assegurando que deixa o clube sem o futuro comprometido, após duas épocas na Liga de Honra.

Assumindo que existem dívidas a fornecedores por liquidar, diz que «as verbas que estão por receber são suficientes para pagar o que se deve», garantindo que as contas com o fisco e a segurança social estão em dia.

Relativamente à época desportiva, Luís Albuquerque reconhece que o clube partiu com «grandes expectativas», logo defraudadas pelo «mau começo», situação que tentou corrigir em Janeiro com o reforço do plantel.

«Mas, até isso correu mal, porque dois dos jogadores contratados estiveram sempre lesionados, enquanto outros dois também tiveram de parar alguns jogos, o que acabou por se reflectir no final da época, onde não conseguimos estar à altura das exigências», diz.

Antigo jogador do CD Fátima, Luís Albuquerque deixa o clube três anos depois de ter assumido a presidência, tendo, anteriormente, feito parte de várias direcções e desempenhado o cargo de director desportivo.