O tento solitário do ponta de lança brasileiro, aos 53 minutos, colocou um ponto final numa série de nove jogos sem vitórias, que durava há quase três meses, enquanto o Belenenses terminou a época com a intermitência característica deste ano.

“Azuis” e estorilistas protagonizaram um encontro típico de final de época, com pouquíssimos motivos de interesse, nomeadamente na primeira parte, em que se viu duas equipas pouco preocupadas com a conquista dos três pontos.

A formação do Restelo deu uma imagem ambiciosa nos primeiros minutos, mas os visitantes rapidamente equilibraram a partida, embora apenas num lance de Da Cunha tenham colocado à prova o guardião Semmler.

Na outra baliza, Mário Matos ia fazendo figura de corpo presente e só perto do intervalo teve de se aplicar, num livre direto de Celestino.

Sem jogadores típicos de ala e com a pouca incursão dos laterais, para darem profundidade ofensiva, o Belenenses afunilava o jogo e facilitava a vida do Estoril-Praia, que controlava a posse e mantinha o adversário distante da sua baliza.

Para o segundo tempo, o Estoril-Praia optou por uma atitude expectante, dando a bola ao oponente e esperando para lançar “venenosos” contra-ataques, numa estratégia que se revelaria acertada.

Seria precisamente num lance desse tipo que Carlos Eduardo iria conduzir a bola e entregá-la a Alex Afonso, o qual tirou Duarte Machado do caminho, antes de inaugurar o marcador.

Apesar da desvantagem, os homens de José Mota nunca tiveram “armas” para incomodar Mário Matos e o jogo foi-se desenrolando até final, não havendo qualquer margem para dúvidas quanto ao triunfo da equipa da Linha.