Após uma primeira volta exemplar, os comandados de João de Deus pareciam estar a entrar numa espiral negativa, entrando para esta jornada em igualdade com pontual (27) com o Arouca, que apresentava um estado de espírito fortalecido por um ciclo de quatro jogos sem derrotas - três vitórias e um empate.

Sem Gonçalo Abreu, que não recuperou a tempo, João de Deus colocou de início Filipe Ferreira, apresentando apenas seis suplentes, já que não tinha mais nenhum jogador disponível, mas contou, em boa hora, com o regresso de Rolão, que fruto de uma lesão, não entrava nas contas da equipa de Lisboa desde 28 de Dezembro, altura em que empatou (2-2) com o Freamunde.

Numa primeira parte muito tática, em que as equipas passaram meia hora a estudar-se mutuamente, as ocasiões de golo foram escassas, destacando-se apenas os remates, de fora da área e sem qualquer consequência, de Hugo Monteiro, Leandro Pimenta e Luís Barry.

A jogar em 4x2x3x1, o Atlético apresentou algumas dificuldades na partida para o ataque, sobretudo no flanco direito, onde o espanhol Hugo López mais parecia "travar" o jogo do que catapultar a equipa para a ofensiva. O Arouca com um 4x1x4x1 inicial, depois transformado em 4x3x3, apenas por uma vez conseguiu levar a bola até à linha de fundo, quando Hugo Monteiro, aos 12 minutos, atirou por cima.

Com duas oportunidades para cada lado nos primeiros 10 minutos - Zezinho e Barry para o Altético, Bacar e Joeano para o Arouca - a segunda parte prometia, mas aos poucos o jogo foi perdendo intensidade até que Rolão, dentro da área do Arouca, respondeu de cabeça a um livre cobrado por Laurindo, colocando o Atlético na condição de vencedor.

Já com Aílton em campo, que entrou para o lugar de Hugo López, a formação de Alcântara passou a controlar mais a posse de bola, obrigando os pupilos de Vítor Oliveira a correr riscos, abrindo espaços na manobra defensiva, para ver se conseguiam, pelo menos, chegar ao empate, o que acabou por não acontecer.