O FC Arouca condenou esta terça-feira a decisão de alargamento do principal campeonato da Liga sem descidas ao escalão secundário, considerando que «é mau para o futebol português e mau para o clube».

«A proposta inicial premiava a competição, mas depois outros interesses se levantaram, nomeadamente os dos clubes que estão na eminência de descer. Nós pautamo-nos pela verdade desportiva. Premiar quem sobe e não quem desce», afirmou António Jorge Teixeira, vice-presidente do clube, que na quinta-feira manifestou a discordância durante a reunião da Assembleia-Geral da Liga em que se votou o alargamento de 16 para 18 clubes naqueles moldes.

O emblema arouquense concorda com o alargamento da Liga, bandeira eleitoral de Mário Figueiredo, que completou ontem 60 dias como presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, mas não nos moldes aprovados.

António Jorge Teixeira entende que «estão a ser mudadas as regras a meio do jogo» e, por isso, defendia a hipótese de uma “liguilha” com a participação dos dois últimos classificados da Liga e o terceiro e o quarto da Liga de Honra.

Por isso mesmo, o dirigente aguarda o veredito da Federação Portuguesa de Futebol, na esperança de que a decisão da Assembleia-Geral tenha parecer negativo, até mesmo porque ela «não teve a aprovação por unanimidade».

Além do alargamento da Primeira Liga, também a Liga de Honra vai ser alargada, passando a ter seis equipas B. Para António Jorge Teixeira, isto «traz grandes prejuízos, porque são mais 12 jogos o que traz despesa nos jogos em casa, nomeadamente com o policiamento, e nos jogos fora, com mais deslocações».