Cerca de 500 adeptos do Leixões manifestaram-se este sábado, em frente à Câmara de Matosinhos, para apelarem ao apoio da autarquia para ajudar o clube a ultrapassar as dificuldades financeiras.

O presidente demissionário do clube leixonense, Carlos Oliveira, o presidente da Câmara, Guilherme Pinto, e o vereador do desporto, Guilherme Aguiar, juntaram-se ao protesto e garantiram que «o Leixões não vai morrer».

Os adeptos do Leixões pediram ainda a Carlos Oliveira para se manter na presidência do clube, uma atitude que deixou o dirigente emocionado.

«Com esta manifestação, deu para perceber que o futuro do Leixões não sou eu. O futuro do Leixões são todos os sócios e os adeptos que lutam para que o clube continue a sua caminhada», disse o ainda presidente, que se escusou a falar sobre a sua continuidade na liderança do Leixões.

Guilherme Pinto, leixonense assumido, criticou o governo por não «facilitar os apoios das autarquias às instituições da cidade, colocando-as em sérias dificuldades», mas garantiu que não vai deixar morrer o Leixões.

«É de louvar estas atitudes e é a primeira vez que vejo uma massa associativa fazer este tipo de manifestação para tentar salvar o clube. É de lamentar que não estejam aqui aqueles que falam, falam, falam mas não fazem nada para resolver situações como esta. No que depender de mim, vou fazer tudo para garantir que o Leixões continue a ser o melhor de Matosinhos», garantiu o autarca.

Jorge Carvalho, membro do "Movimento Leixonense", admitiu que o «apoio dos adeptos e dos sócios superou as expetativas».

«Espero que isto faça ver a quem manda o quanto é importante apoiar o Leixões. É importante que vejam que o Leixões não pode morrer e que a cidade e o clube têm que estar de mãos dadas, agora mais do que nunca», afirmou Jorge Carvalho.

A manifestação terminou em festa, com os adeptos a ecoar cânticos do Leixões, agitado bandeiras e cachecóis ao som de bombos e cornetas.