O presidente da Comissão Administrativa do Trofense, uma das nove equipas de futebol dos escalões profissionais com pré-requisitos por regularizar, disse hoje estar a trabalhar para regularizar a situação a tempo de participar na Liga de Honra.

«Estamos a trabalhar para regularizar a situação. Ainda decorre a segunda fase do prazo para apresentação das certidões de não dívida e estamos a trabalhar. Quando chegar a altura espero que Trofense tenha a situação regularizada. Estamos a trabalhar e isso é tudo o que posso adiantar», disse, à agência Lusa, José Leitão.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) revelou na segunda-feira ter aceitado todos os processos de candidatura dos clubes à Liga e Liga de Honra, mas impediu nove clubes de registar novos contratos ou utilizar jogadores com prévia ligação aos emblemas.

As SAD ou clubes em incumprimento relativo à verificação de dívidas ao Fisco ou à Segurança Social são Vitória de Setúbal, Vitória de Guimarães e Olhanense, no campeonato principal, e Leixões, Belenenses, Naval 1.º de Maio, Trofense, Atlético e Desportivo das Aves, na Honra.

Relativamente à notícia avançada hoje sobre o facto de o estádio do Clube Desportivo Trofense estar à venda a partir de quarta-feira na sequência de uma penhora movida pelo seu antigo futebolista Charles Souza Chad, que reclama uma dívida de cerca de 200 mil euros, José Leitão disse que esta foi uma situação "herdada" da anterior direção.

O dirigente adiantou estar empenhado em «resolver a situação»: «Esta direção não tem responsabilidade neste caso, mas está a inteirar-se da situação para a poder resolver da melhor forma possível».

O processo movido pelo avançado brasileiro, que jogou na Trofa entre 2008 e 2010, decorre no 2.º juízo cível do Tribunal Judicial de Santo Tirso, e 06 de Setembro foi o dia estipulado para a data limite de apresentação das propostas sobre dois lotes.

A dívida, «a título de salários não pagos, indemnização e juros», ronda os 200 mil euros e, nesta fase, o CD Trofense já só tem duas opções: paga a dívida em causa e as penhoras são levantadas ou sujeita-se a que os bens sejam vendidos a terceiros e perde a propriedade sobre eles.

O estádio tem um valor base de 1.025.960 euros (valor mínimo da proposta é de 718.172 euros) e um outro campo de futebol (de treinos) e balneários vai a hasta pública com valor base de 129.087 euros, (valor mínimo da proposta de 90.361).

O Trofense, que na altura do contrato com Chad jogava na primeira Liga de futebol, terminou a última época em oitavo lugar na Liga de Honra.