Os sócios do Grupo Desportivo de Chaves, reunidos em Assembleia-Geral (AG), aprovaram hoje a constituição de uma Sociedade Anónima Desportiva (SAD).

Numa reunião magna com 81 associados, a proposta da direção foi aprovada por unanimidade, devendo o clube, que terá um capital social de 200 mil euros, passar a denominar-se "Grupo Desportivo de Chaves - Futebol SAD".

Segundo a proposta, o clube de Trás-os-Montes será detentor de 30% do capital social e do direito de designar «pelo menos» um dos membros do órgão administrativo.

Na opinião do presidente da Comissão Administrativa, Bruno Carvalho, eleito hoje por mais dois anos, a SAD é o modelo «mais adequado», porque há um investimento feito por uma família que contribui para que o Desportivo de Chaves se vá mantendo de portas abertas.

Por este motivo, acrescentou, a constituição da SAD era «fundamental».

O decreto-lei 10/2013, publicado no início do ano em Diário da República, impõe que a participação em competições desportivas profissionais se concretize sob a forma jurídica societária, extinguindo o chamado regime especial de gestão.

O Desportivo de Chaves "carimbou" esta época a subida à II Liga e conquistou o título de campeão da II divisão de futebol, sob o comando técnico do agora ex-treinador João Pinto.

A preparar a próxima temporada, o presidente da direção do GD Chaves explicou à agência Lusa que os objetivos são dois: manutenção da equipa nos escalões profissionais e autossustentabilidade.

«É urgente mais apoios, mais patrocínios e mais pessoas no estádio», disse.

A Câmara de Chaves, além de financiar as obras no estádio, vai atribuir 75 mil euros ao emblema "azul grená", verba considerada «insuficiente» pelo responsável do clube.

«O subsídio da autarquia ajuda, mas não compensa as despesas do clube com a formação e equipa sénior, mas entende-se, dada a atual crise económica do país», concluiu Bruno Carvalho.