O empresário Eduardo Anastácio anunciou hoje que se vai candidatar à presidência do Leixões, prometendo «credibilizar e restruturar drasticamente o clube», através de «uma gestão rigorosa».

O Leixões vai a votos no dia 15, para eleição dos respetivos órgãos sociais o próximo triénio 2013-2016 e Eduardo Anastácio disse ter o apoio, entre outros, do candidato do PS à Câmara Municipal de Matosinhos, António Parada.

«Está connosco», afirmou Anastácio durante um encontro com a comunicação social, ressalvando que Parada «antes de ser candidato é leixonense» já fez parte da assembleia geral do clube.

Eduardo Anastácio fez parte da lista que venceu as eleições anteriores, integrou a direção presidida por Dias da Fonseca, com o pelouro do Marketing e da Imagem, e, segundo disse à agência Lusa, afastou-se «há cerca de oito meses», em desacordo com o rumo que a instituição tomou.

«Desde há muito tempo que tenho visto degradar-se rapidamente a imagem do Leixões», resumiu Anastácio.

Os lemas da sua candidatura são «devolver o Leixões aos leixonenses, reacender a mística e dar voz às gentes do mar».

Eduardo Anastácio considera que «há um afastamento do clube relativamente à cidade e ao concelho» de Matosinhos.

«O Leixões tem sido politizado sistematicamente e toda a gente se tem servido do Leixões» a vários níveis, afirmou também, mas sem especificar.
O candidato frisou, ainda, que, «após dezenas de anos, o voleibol desceu à segunda divisão».

«O nosso trabalho passa por credibilizar e reestruturar tudo o que é formação», uma tarefa de que se irá ocupar José Manuel Teixeira, presidente o clube entre 2000 e 2004, se esta lista vencer as eleições do dia 15.

Anastácio disse querer «reestruturar drasticamente o clube, que é o que conta, porque a SAD é um mero departamento de gestão de futebol sénior».

«Não queremos estar de costas voltadas para a SAD. Queremos pacificar o Leixões e não confundir isto com lutas políticas», enfatizou, observando que a sua lista «tem um consenso político muito alargado e gente nova que nunca esteve no Leixões».

José Manuel Teixeira também vincou que o Leixões «está numa situação bastante degradante», o que exige «um trabalho árduo e difícil».

«Vamos pedir aos sócios muita paciência», disse, salientando que «hoje em dia só se fala em dívidas, incumprimentos e situações menos agradáveis, não só no futebol profissional mas também nas modalidades amadoras».

Teixeira ficará com o futebol se Eduardo Anastácio ganhar as eleições e, nesse caso, garantiu que «o Leixões vai ser novamente aquele clube que invadia os campos de futebol» e que teve alguns «anos históricos», com a conquista, inclusive, de uma Taça de Portugal, em 1961.

«Entraram no clube cerca de 22 milhões de euros nos últimos oito anos que entraram no clube e o clube passa por gravíssimas situações financeiras, o que demonstra bem a má gestão e organização na SAD e no clube», salientou.

Para Eduardo Anastácio, «o clube é viável, pode ser dinamizado e pode rentabilizar a formação muito mais».