O presidente do Sporting da Covilhã, da II Liga de futebol, pediu à Câmara Municipal que venda ao clube o Estádio Santos Pinto por um preço simbólico, mas a autarquia não se mostra recetiva à ideia.

"Lanço-lhe o repto de pensar em vender simbolicamente o Santos Pinto ao Sporting Clube da Covilhã", desafiou José Mendes já na madrugada de hoje, durante o jantar do 91.º aniversário do clube, dirigindo-se a Jorge Torrão, vereador com o pelouro do Desporto.

O autarca associa o pedido de José Mendes à emotividade do momento. "É uma situação que não pode ser observada senão de uma forma emotiva", considera, para logo frisar que o campo localizado na parte alta da cidade "é a casa natural" dos serranos.

"O pedido formal é feito numa base emocional, que nós consideramos, mas que não pode ter respostas que venham de nenhum vereador, porque o Estádio Santos Pinto é património da comunidade e não podemos alienar bens da comunidade num jantar", respondeu Jorge Torrão.

Para o representante da Câmara Municipal da Covilhã no jantar de aniversário, "não há hipóteses postas de parte, mas não são passos neste momento emergentes".

"O património da câmara deve ser preservado, melhorado e o Sporting da Covilhã tem a utilização do Estádio Santos Pinto", realça o vereador.

O autarca acrescenta que o clube tem o "usufruto, utilização plena e apoio logístico, como a câmara lhe pode dar neste momento".

Para o presidente dos "leões da serra" essa seria uma forma de ser o clube a tratar ao ritmo das suas exigências de assuntos como o processo para se mudar para o antigo campo.

"O direito de superfície é do Sporting Clube da Covilhã, já agora ficamos com o direito de superfície do resto do estádio e o Sporting Clube da Covilhã toma conta, para não ter mais problemas, como tem tido até agora", disse José Mendes.

Os serranos decidiram há um ano voltar a jogar no antigo estádio, que deixaram de utilizar em 2005, altura em que se mudaram para o Complexo Desportivo da Covilhã, mas continuam à espera que a autarquia resolva os aspetos burocráticos junto do Instituto Português do Desporto e Juventude para que o clube obtenha autorização para competir no antigo campo.