O plantel de futebol do Sporting da Covilhã inicia hoje, à noite, um treino de sobrevivência com a duração de 24 horas, a realizar na Serra da Estrela, orientado pelo Subagrupamento de Montanha da GNR.

A jornada tem início às 22h00, depois dos dois treinos marcados para hoje, no arranque da terceira semana de trabalho desta formação da II Liga de futebol.

A ação termina às 22h30 de terça-feira, e o treinador, também integrado na comitiva, tal como toda a equipa técnica, apela aos "sócios, adeptos e familiares" para comparecerem a essa hora no Estádio Santos Pinto, não apenas para receberem os jogadores, mas também para "assistirem a um espetáculo", sobre o qual não adiantou pormenores.

No ano passado, os jogadores foram surpreendidos por Francisco Chaló, após um jogo de preparação, com a informação de que iriam de seguida para a serra. Desta vez, foram antecipadamente avisados, mas o treinador sublinha estar previsto um programa diferente do ano passado e que nem quem já participou no ano passado pode antecipar.

Francisco Chaló frisa ter conseguido com a iniciativa reforçar o espírito de grupo. A intenção é melhorar também aspetos como a resistência, a capacidade de resolução de problemas no coletivo e de comunicação em alturas de desespero.

"É uma jornada terrível, de espírito de sacrifício", sublinha Francisco Chaló, em declarações à agência Lusa.

O técnico adianta não estarem previstas atividades na zona da Torre. "Não vamos ver cimento nem casas de cimento à nossa volta. Vai ser com um espírito de conquista que vamos trabalhar estas 24 horas", acentuou Chaló.

Taborda, o capitão, espera passar uma noite e um dia fisicamente exigentes, situação para a qual um futebolista "tem de estar preparado".

Na última temporada, acredita que a jornada reforçou a equipa: "Ganhámos muitas coisas. A principal foi a união do grupo, sentida durante a época".

"Pudemos trabalhar no meio do ar puro. Mas, substancialmente, ganhámos a amizade, companheirismo para os meses de trabalho que tivemos pela frente", acrescentou o guardião.

Segundo Pedro Taborda, as 24 horas sob o comando do Subagrupamento de Montanha da GNR têm suscitado curiosidade por parte dos reforços e quem já participou tem aproveitado para "assustar" os companheiros.

Na serra, o guarda-redes espera "trabalho" e a "dedicação de todos".

"Não vamos para a serra passear, nem ver o ciclismo, porque ainda não está na altura dele", realça, em declarações à agência Lusa.