Os sócios do Freamunde autorizaram hoje a direção do clube da II Liga de futebol a vender a terceiros a maioria do capital social da futura Sociedade Anónima Desportiva (SAD), numa das mais concorridas assembleias-gerais (AG).

A decisão foi tomada pela maioria dos 124 sócios legitimados a votar na AG (cerca de 200 estiveram na Casa da Cultura, mas nem todos tinham as quotas em dia) e autoriza a direção freamundense a manter as negociações com os investidores, cujos nomes só serão revelados numa próxima reunião magna de associados.

"O máximo que queremos alienar será 70 por cento, mas até poderá ser menos. Continuamos a trabalhar na solução e as negociações devem estar concluídas nos próximos dias", disse o presidente do Freamunde, Miguel Pacheco, à agência Lusa, no final das cerca de três horas de reunião.

O dirigente freamundense fez notar que "o modelo e os termos da SAD" a constituir, assim "como os investidores", terão de ser validados pelos associados em AG, reiterando que "esta é, infelizmente, a melhor solução" para viabilizar o cube.

"Os investidores estão esperançados em continuar o bom trabalho que temos feito, na perspetiva de um final feliz", acrescentou Miguel Pacheco, admitindo reajustes no plantel após a conclusão do processo.

O dirigente admitiu que "poderá haver mais uma ou outra saída", que terão de ser, naturalmente, "colmatadas com a entrada de jogadores", e prometeu fazer tudo para manter o que de bom está feito no clube, destacando concretamente o trabalho desenvolvido pelo diretor desportivo Hilário Leal.

A proposta em fase final de negociação aponta para uma repartição do capital social, podendo ficar 30 por cento da responsabilidade do clube e os restantes 70 do lado dos investidores, os quais, segundo foi dito, pagarão um aluguer mensal de "oito a nove mil euros" pela utilização das instalações, caucionando sempre o orçamento para cada época.