O treinador do Sporting da Covilhã, Francisco Chaló, vai cumprir no domingo, na receção ao Portimonense, da 24.ª jornada da II Liga de futebol, 100 jogos no comando dos serranos.

Desde que José Mendes é presidente do clube, há dez anos, o técnico é por larga margem o que há mais tempo orienta os "leões da serra", cumprindo em fevereiro dois anos, depois de ter sucedido a Fanã e se tornar o terceiro treinador na temporada 2012/13.

Francisco Chaló, 50 anos, natural de Ermesinde, entende que o "respeito mútuo" tem sustentado a ligação.

"Tem havido uma sintonia e um respeito mútuo. Nós sabemos muito bem o lugar que cada um ocupa. Isso é importante para qualquer tipo de relacionamento", salientou, em declarações à agência Lusa, o treinador do clube da II Liga, também ele deslocado de casa, como grande parte dos jogadores.

Segundo o técnico, que ao serviço do Covilhã soma 77 jogos no campeonato, 17 na Taça da Liga e cinco na Taça de Portugal, tem existido com José Mendes uma "comunhão de ideias".

"Eu acredito no presidente e o presidente tem demonstrado acreditar em mim. Isso faz com que as coisas se resolvam bem e facilmente", realçou.

Com a chegada de Chaló à Covilhã, o clube ganhou uma estabilidade no comando técnico que até aí lhe faltava.

Desde que José Mendes foi eleito, passaram pelos serranos 14 treinadores, sendo que João Salcedas e Fanã estiveram duas vezes no cargo, além de que os adjuntos Luciano e Joanito também chegaram a orientar a equipa.

Para o presidente, é a "competência do treinador" que faz a diferença, no caso de Francisco Chaló, a quem elogia não apenas as qualidades enquanto técnico, mas também a "dimensão humana".

"É dos melhores treinadores que passaram pelo Covilhã desde que sou presidente", elogiou, em declarações à agência Lusa, José Mendes, que em Abril considerou Chaló o melhor treinador da sua era, sem no entanto esquecer o trabalho feito por Hélio Sousa.

Segundo Chaló, o seu projeto no Sporting da Covilhã é para ser "completado".

"O trabalho aqui no Covilhã não vai nem no início, nem no meio, nem no fim. É um trabalho que tem de ser completado. Enquanto eu me sentir bem e os outros se sentirem bem comigo, eu quero ajudar a fazer crescer o clube", acentuou o treinador serrano.

No início da época, o objetivo traçado apontava para a manutenção quanto antes e ir o mais longe possível nas outras competições.

Enquanto a principal meta não for atingida, Chaló diz não fazer sentido apontar para outros desígnios. Após 23 jogos, o Sporting da Covilhã ocupa o 10.º lugar da II Liga, com 32 pontos.