Os sócios da União de Leiria vão reunir-se em assembleia geral, a 06 de fevereiro, para discutir a constituição de uma nova sociedade desportiva, preparando a próxima época de futebol, anunciou hoje o presidente do clube.

"Queremos criar estruturas profissionais para não acontecer o que aconteceu este ano, em que falhámos a subida. Se subirmos à II Liga, temos de ter uma estrutura profissional a funcionar e é esse cenário que queremos antecipar, preparando as coisas com tempo", disse hoje à agência Lusa o presidente da direção, Rui Lisboa.

A reunião está marcada para "analisar, debater e deliberar a constituição de uma sociedade desportiva", abrangendo as equipas de futebol sénior e júnior.

Esta época, a União de Leiria falhou por pouco o apuramento para a disputa da subida à II Liga.

"Se já tivéssemos a trabalhar uma estrutura 100 por cento profissional, se calhar, hoje estávamos a disputar a fase de subida. Só pode ter sido isso que falhou, porque não falhámos mais nada. Queremos criar um grupo maduro que gira o futebol sem interferências do exterior".

Segundo o presidente, "o caminho está mais ou menos preparado" para a União de Leiria voltar à profissionalização. "É necessário uma estrutura profissional, um diretor desportivo e um ‘team manager’ que nos deem garantias", sublinha, acreditando que "os sócios mais esclarecidos vão reagir bem" à proposta da direção.

"Na II Liga é necessária uma SAD. Temos a ambição de lá chegar. Ou agora ou daqui a um ano é o que tem de acontecer. Vamos iniciar agora o debate e apresentar o nosso projeto. Se o quiserem votar já, seguramente votaremos. Senão, votaremos noutra assembleia", frisa.

A União de Leiria foi sociedade anónima desportiva (SAD) entre 1999 e 2013, ano em que os credores decidiram pela extinção da mesma. Por pagar ficou uma dívida de cerca de 16 milhões de euros.

Essa experiência negativa será importante para a formação da nova SAD, garante Rui Lisboa. "Tentamos aprender com os erros do passado. As pessoas envolvidas no clube querem o melhor para a União de Leiria. E vai haver uma grande diferença: o clube será sempre maioritário e não minoritário como no passado. Os sócios terão outro controlo sobre o que for feito", frisou.