Taborda, capitão e jogador mais utilizado no Sporting da Covilhã, defendeu seis das oito grandes penalidades sofridas pelos serranos na II Liga portuguesa de futebol e compara esta temporada com a da subida de divisão na Naval.

"Esta época faz-me lembrar a que estive na Naval e subi de divisão. Defendi sete ou oito penáltis. Esta vai pelo mesmo caminho. Tem muitas parecenças com essa época na Figueira [da Foz]. No final, espero poder dizer que foi idêntica", disse hoje o guarda-redes da formação da II Liga, em declarações à agência Lusa.

O jogador de 36 anos, filho de um antigo guardião serrano, tem sido uma das pedras basilares na equipa orientada por Francisco Chaló, tem mostrado segurança em lances decisivos e espera que as suas exibições contribuam para levar os ‘leões da serra’ de volta ao principal escalão do futebol nacional.

"Agora estamos mais confiantes do que nunca. Embora ainda dependentes de adversários que estão à frente, acho que dependemos mais de nós", acentuou o capitão do Sporting da Covilhã, emblema no terceiro lugar, a oito pontos do primeiro, o Tondela, e a dois do segundo, o Chaves.

Para Pedro Taborda, defender penáltis "é uma questão de concentração e estudar o adversário quando ele vai partir para converter", assim como analisar previamente os adversários e especialmente quem costuma bater o castigo máximo, embora reconheça que é necessária também uma ponta de sorte.

"Já defendi tantos penáltis na minha carreira que não posso dizer que é mera sorte", realça Taborda.

Luciano Vítor, treinador de guarda-redes do Sporting da Covilhã, salienta a observação que é feita, mas frisa existir muito trabalho de Taborda e vinca "o mérito" do guardião.

Francisco Chaló destaca a qualidade de Taborda, a sua grande capacidade de trabalho, a boa leitura de jogo e a voz de comando, num "estilo de liderança interventivo, às vezes chatinho, no bom sentido da palavra", motivo pelo qual passou a ser o capitão.

"Defender seis em oito, não é muito fácil. Pena que a do Chaves, que não devia ter existido, ele não tivesse conseguido escrever direito por linhas tortas, para dar alguma justiça à injustiça que foi a grande penalidade em Chaves", disse Chaló, à agência Lusa.