O presidente do Oriental, da II liga de futebol, afirmou hoje que o clube está com alguns problemas financeiros, culpando o antigo presidente da Liga Mário Figueiredo pelas dificuldades orçamentais.

Em declarações à agência lusa, José Nabais disse sentir-se "enganado na construção do orçamento" para a época 2014/15 por Mário Figueiredo, alegando que este tinha garantido ao Oriental verbas que acabaram por não corresponder ao que foi entregue ao clube.

"Estamos com alguns problemas a nível financeiro. Fui enganado na construção do orçamento porque quando meti duas verbas de receitas que não conhecíamos, nomeadamente comparticipações da liga nas competições, que numa reunião que tivemos com o presidente da liga na altura, Mário Figueiredo, nos garantiu que teríamos 125 mil euros. Nós orçamentámos 100 mil", afirmou o presidente, que continuou a enumerar outras promessas.

"Disseram que tínhamos 275 mil euros da televisão, a custo conseguimos 150 mil. Felizmente transmitimos o jogo com o União da Madeira, que nos permitiu receber mais algum dinheiro", acrescentou o presidente do clube de Lisboa.

À margem da homenagem ao Benfica pela conquista do título na câmara municipal de Lisboa, José Nabais mostrou-se preocupado relativamente à próxima temporada, nomeadamente aos valores que os clubes têm a receber, que no entender do presidente devem ser idênticos, deixando em aberto a inscrição do clube na II liga, caso isso não aconteça.

"Formulámos hoje a candidatura à próxima época, com uma ressalva de que só será verdadeiramente efetivada depois de sabermos as regas com que nos vamos cozer. Não vamos fazer outra época em que há um clube que recebe 300 mil euros de receita da televisão e outros, como o Oriental, que só recebem metade", reiterou.

Em jeito de balanço de temporada, em que o Oriental foi 15.º classificado da II Liga, o presidente do clube de Marvila disse à Lusa que o clube fez "um campeonato excecional" cumprindo os objetivos, ao garantir a manutenção "dois meses antes de acabar o campeonato".

José Nabais justificou o desfecho positivo com a "estabilidade que o clube atingiu, as condições, o grupo de trabalho" e "um treinador jovem, com muita capacidade e a sua equipa técnica".