"Foi aprovada uma proposta, apresentada por mim e aprovada por unanimidade, que prevê que a câmara municipal faça uma proposta de aquisição", explicou Pedro Mendes.

A proposta terá de ser apresentada até ao dia 25, em hasta pública, com um valor mínimo é de 1,4 milhões de euros. Os terrenos do antigo Campo das Laranjeiras e do pavilhão fazem parte da massa insolvente da empresa Guedol Engenharia S.A., entidade privada que comprara aquele património para construir um centro comercial.

A empresa acabou por entrar em insolvência, no contexto de um diferendo judicial, que se arrastou por vários anos, sobre a legalidade da venda, e que impediu a construção do centro comercial.

A autarquia de Paredes pretende agora reassumir a propriedade dos dois antigos equipamentos desportivos, ambos em ruína, com o propósito de os recuperar e devolver à comunidade.

"Acredito profundamente que há condições para que o Município consiga fazer com que o pavilhão gimnodesportivo volte para o domínio municipal, seja recuperado e voltem as grandes provas desportivas e, sobretudo, seja utilizado pela nossa comunidade, assim como também o campo das Laranjeiras", acentuou o vice-presidente.

À Lusa, o autarca acrescentou: "É por isso que nos vamos bater de corpo e alma. Acredito piamente nisso e estou empenhadíssimo para que seja uma realidade a breve prazo".

Pedro Mendes frisou que na recente reunião de Câmara que aprovou a intenção de avançar com a proposta de aquisição foi também decidido promover uma alteração do PDM, no âmbito da revisão em curso, que abranja os referidos solos, que deixarão de estar em área residencial, para passarem a zona de equipamentos.

"É essa a utilização do solo que a câmara pretende dar àquela área da cidade", acrescentou.

A mudança da tipologia daquela área, que o Município pretende impor, deverá diminuir o interesse dos potenciais investidores imobiliários.

Os terrenos foram vendidos em 2008 pela Câmara Municipal, por 8,5 milhões de euros, e estão agora à venda por 1,4 milhões. Questionado o vice-presidente sobre se essa diferença de valores significava um bom negócio para a autarquia, Pedro Mendes respondeu:

"Não se trata de ser um bom negócio ou um mau negócio, os tempos são o que são. Foi uma situação que ocorreu há alguns anos, dentro de uma realidade que se alterou profundamente, hoje estamos a viver um novo momento. A nós cabe-nos defender o interesse público e o desejo da comunidade".