O uruguaio Gustavo Ferrin tornou-se domingo, no terceiro técnico estrangeiro a qualificar Angola para uma fase final do Campeonato Africano das Nações em Futebol (CAN), após vitória de 2-0 sobre o Zimbabwe, em jogo disputado no estádio 11 de Novembro, em Luanda.

Depois de uma desvantagem de 1-3 da primeira mão da última eliminatória qualificativa ao CAN de 2013 na África do Sul, Angola deu volta ao resultado sob liderança do técnico em funções no país apenas desde Junho para um período de dois anos.

De 53 anos de idade, é conhecido no mundo pelo trabalho nas formações jovens. Um dos grandes feitos foi a conquista do sul-americano de 2007 em sub-17, qualificativo ao campeonato do mundo da categoria.

É assumidamente um treinador voltado para a formação. A primeira experiência como treinador de base foi no Defensor Sporting do seu país, onde obteve recorde de resultados durante período iniciado em 2000 e se estendeu até finais de 2001.

Na altura, seus comandados ficaram invictos por 76 partidas, o que motivou o convite da Federação Uruguaia para assumir a função de assistente técnico nas seleções de sub-17 e sub-20. Portanto, qualificar Angola para o CAN da África do Sul é o seu primeiro grande feito como selecionador de honras.

O docente da Associação de Treinadores do Uruguai tem quatro cursos da FIFA, três anos de fisiologia desportiva e de estudos de programação neurolinguística.

Entretanto, o primeiro estrangeiro a levar os Palancas Negras ao maior evento africano do desporto “rei” foi o malogrado luso-cabo-verdiano Carlos Alhinho em 1996, justamente no mesmo país, a África do Sul, onde foram eliminados na primeira fase.

A segunda foi por via da orientação do português, Manuel Gomes “Necas” na edição de Burkina Faso em 1998 (não passou da fase inicial), seguindo-se depois a era dos técnicos nacionais, designadamente Oliveira Gonçalves no Egipto2006 (foi afastada na fase inicial) e Gana2008 igualmente com Oliveira Gonçalves (quartos-de-final).

Em 2010 no CAN que Angola organizou, o combinado nacional foi orientado pelo português Manuel José (quartos-de-final). Já em Janeiro deste ano voltou a entrar em cena um treinador angolano, Lito Vidigal que na edição do Gabão e Guiné-Equatorial ficou pela fase inicial.

A saga para a participação no evento continental iniciou-se em 1980 tendo logrado o objetivo apenas 16 anos depois com a qualificação em 1996, curiosamente nesta mesma África do Sul de 2013.

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