O comentarista para o futebol Luís Cazengue “Luizinho” considerou hoje, em Luanda, as estratégias e o enquadramento de jogadores por parte do treinador uruguaio Gustavo Ferrin, estarem na base do fracasso da seleção angolana nas eliminatórias africanas ao Mundial2014, no Brasil.      

Ao avaliar a derrota (sábado), em Kampala, da equipa Nacional diante da similar do Uganda, por 1-2, no jogo da quinta jornada do grupo J de qualificação, o especialista afirmou à Angop, ser o técnico o elo «mais fraco» de todo o colectivo.

«Infelizmente temos de reconhecer que os sistemas e estratégias utilizadas por Gustavo Ferrin não têm surtido os efeitos desejados. Constantemente notamos mau escalonamento das peças fundamentais na manobra da equipa e deficiente transição das jogadas de defesas aos ataques», disse.

A exemplo, referiu que o treinador devia priorizar ações com extremos rápidos, bem como cruzamentos a partir das linhas laterais, que seriam melhor aproveitados pelos avançados e também trabalhar os aspectos que evitassem o combinado angolano sofresse golos nos momentos cruciais da partida.

Acrescentou que os erros de campo cometidos são agravados pelo comportamento e perfil temperamental do selecionador, que constantemente transmite uma certa intranquilidade e falta de confiança ao grupo nos momentos de dificuldades.      

Em função ao fracasso nos objectivos preconizados, o antigo integrante dos Palancas Negras aconselhou a direção da Federação Angolana de Futebol (FAF) a tomar uma decisão sobre o vínculo com o técnico ou transferi-lo para os escalões de formação, onde poderia dar uma melhor contribuição, a julgar pela sua vocação.                

Com o resultado de Kampala, Angola continua com quatro pontos, no quarto posto do grupo, ao passo que os ugandeses assumem a liderança com oito. A jornada fica completa hoje (domingo) quando se defrontarem Libéria (3º 4 pontos) e Senegal (2º 6 pontos).