A permanência do veterano médio do Petro de Luanda Gilberto na selecção nacional de futebol foi aplaudida, pelo internacional angolano do Rayo Vallecano de Espanha, Manucho Gonçalves, considerando-a de crucial nesta fase de renovação.

“Neste momento a permanência de Gilberto é capital, a julgar pelas suas inquestionáveis habilidades técnicas, visão de jogo, frieza em campo e, acima de tudo, o seu profundo conhecimento sobre o balneário da selecção e do futebol africano, uma experiência que deve ser partilhada com os mais jovens”, reconheceu o atleta em entrevista à Angop, em Luanda, antes de partir para Espanha.

Ao falar sobre o processo de rejuvenescimento em curso na selecção principal, Manucho salientou que uma renovação nunca deve ser brusca porque os jovens têm que adquirir experiência dos mais velhos, a exemplo do que se está a assistir agora no Mundial com jogadores como Didier Drogba (com 35 anos) e outras estrelas.

Na opinião deste internacional angolano, para renovar também é preciso ter-se em atenção os jogadores a substituir e as posições. “Portanto, quando os jovens não estão à altura então é preferível que se mantenham alguns veteranos em forma, à semelhança de Gilberto, com vista a privilegiar o equilíbrio entre a veterania e a juventude” - concluiu.

O camisola 10 dos tricolores da capital é dos mais regulares de todos os tempos do Palancas Negras, tendo-se estreado na sub-17 e passado pelas sub-20, sub-23 e até atingir os seniores. Foi campeão africano em sub-20, no ano de 2001, na Etiópia, sob o camando técnico de Oliveira Gonçalves.

Conta na sua galeria pessoal com três Ligas dos Clubes Campeões de África (2005, 2006 e 2008), igual número de Supertaças Africanas (2005/06, 2006/07 e 2008/2009) em representação do Al Ahly do Egipto, 2004/05, 2005/06, 2006/07, 2007/08, 2008/09, 2009/10. Posteriormente transferiu-se para o Chipre, onde se sagrou também campeão em 2011.