O defesa Pedro Rebocho, futebolista com mais internacionalizações na equipa do selecionador Hélio Sousa, disse hoje que sonha vencer o Campeonato da Europa de sub-19, a decorrer de 19 a 31 de julho, na Hungria.

“Se quisermos mais do que todas as equipas, poderemos chegar à meia-final e mesmo à final. Para que isso aconteça, não podemos vacilar em nenhum jogo na primeira fase. O nosso sonho é ganhar o Europeu", sustentou em declarações ao sítio da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

A fase final do Europeu da Hungria será disputada em três jornadas, a 19, 22 e 25 de julho, sendo a estreante seleção de Israel o primeiro adversário de Portugal no Grupo A. Segue-se o encontro com a Áustria e a partida com a anfitriã Hungria.

Os comandados de Hélio Sousa vão disputar os três jogos da fase de grupos no Estádio Arena Pancho Academia Puskás, em Felcsút, nos arredores da capital húngara, Budapeste.

“O futebol é o meu foco principal, a prioridade da qual não me quero desviar. É a minha grande paixão desde a infância. A música e a poesia são um segundo amor, que alimento quando não tenho mais nada para fazer. São 'hobbies'", explicou Pedro Rebocho.

Incentivado pelo pai, antigo jogador do Juventude de Évora, começou a jogar no mesmo clube aos oito anos. Com apenas 12, transferiu-se para as escolas de formação do Benfica, onde deu nas vistas, primeiro, na esquerda e, depois, na direita.

"Sou esquerdino, mas adaptei-me bem ao flanco direito, onde gosto de jogar. Treinava todos os dias o pé direito. É assim que jogo no clube e nas seleções", explicou o jovem defesa das “quinas”.

Nunca teve ídolos que jogassem no setor recuado. Aliás, só teve um ídolo na meninice: “Era maluco pelo Ronaldinho Gaúcho. Disputei um torneio em Barcelona, em 2004, com Juventude de Évora, e obriguei o meu pai a comprar-me o equipamento dele. Até queria dormir com ele vestido".

A figura do pai está sempre presente na vida do jogador, apesar da distância física que os separa, pois Pedro Rebocho vive em Lisboa e os pais em Évora, com os dois irmãos do lateral.

“Há uns anos, estava eu a jogar em Évora, disse que sonhava ver-me um dia com a camisola verde e vermelha da seleção. Estava longe de imaginar que isso iria acontecer. A minha maior alegria foi oferecer-lhe a camisola que vesti na estreia pelos Sub-16", disse.

A sensação de representar Portugal é, para Pedro Rebocho, “avassaladora, no mínimo”: "Gosto e sinto mesmo esta camisola. Todos os adjetivos do mundo são insuficientes para explicar o que me vai na alma, quando entro em campo".