O selecionador português de futebol de sub-19, Edgar Borges, considerou hoje a Espanha como “o adversário que irá levantar mais problemas” na derradeira fase de apuramento para o Campeonato da Europa de 2015, na Grécia.

“A Espanha é uma equipa forte, com tradições e, teoricamente, será o adversário mais difícil. Mas as outras equipas do grupo têm qualidade e podem criar surpresas. São vistas como ‘outsiders’, mas muitas vezes num só jogo acabam por equilibrar e desrespeitar a lógica dos ‘rankings’, considerou o técnico, em declarações ao site oficial da Federação Portuguesa de Futebol.

O sorteio realizado hoje em Nyon, na Suíça, ditou ainda que, para além da Espanha – seleção que dada a sua posição no “ranking” da UEFA ficou isenta da fase anterior -, Portugal irá ter como adversárias as seleções da Geórgia e da Turquia.

“Parte-se sempre do pressuposto que, depois de uma ronda inicial, ficam sempre as melhores equipas, pelo que todas elas vão ser opositores fortes e vão criar mais dificuldades do que no primeiro torneio de apuramento”, referiu Edgar Borges.

O selecionador desvalorizou ainda o facto de ter sido a Espanha a “cair” no grupo de Portugal, considerando que podia ter sido a Alemanha, a Itália ou a França, e alertou ainda para o formato do apuramento, que, por só apurar uma seleção, não permite falhas.

“Sabemos que o que nos espera são contextos de grande adversidade em que tudo pode acontecer e em que todas as equipas podem ser apuradas”, considerou Edgar Borges, que liderou o apuramento de Portugal para a Ronda de Elite só com vitórias.

A Grécia vai receber a fase final do Campeonato da Europa de Sub-19, que sucede ao extinto sub-18, entre 06 e 19 de julho de 2015, que irá contar com a participação da seleção anfitriã e dos sete vencedores de cada um dos grupos da Ronda de Elite.

Edgar Borges manifestou ainda o seu desagrado face ao atual modelo de apuramento, que considera desajustado e que permite injustiças, já que, no seu entender, pode deixar de fora uma seleção superior a uma outra apurada num jogo mais bem conseguido.

“Lamento profundamente e acho que é uma violência que, se se quer desenvolver o futebol jovem, se continue com o mesmo tipo de apuramento em que só uma equipa pode ser qualificada para a fase final. Felizmente mudaram esse modelo nos sub-17, mas deviam fazer o mesmo nos sub-19”, defendeu.

Ainda de acordo com Edgar Borges, “pode sempre haver um jogo que corra menos bem e fica pelo caminho uma equipa melhor do que a apurada”. “Seria muito mais justo manter o modelo antigo, que apurava os dois primeiros classificados de cada grupo”, concluiu.

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