A Seleção portuguesa de Sub-21 venceu a sua congénere de Israel por 3-0, em jogo da segunda jornada do Grupo 8 do apuramento para o Euro2015 da categoria. William Carvalho, Bruma e Tawatta (autogolo), fizeram os tentos dos lusos.

Portugal entrou em campo, já sabendo do resultado da Noruega, que perdeu em casa com o Azerbaijão por 3-1, num dos resultados surpresa da jornada.

A formação de Rui Jorge instalou-se no meio-campo de Israel, tentando desde cedo procurar o caminho do golo. Com um futebol de toque curto, de triangulações entre os homens da frente, Bruma (Antes do jogo, recebeu das mãos de Pauleta a Bota de Prata, segundo melhor jogador do Mundial sub-20), Ivan Cavaleiro e Rafa, e os médios, Sérgio Oliveira, William Carvalho e João Mário, a seleção portuguesa ia dominando o jogo, embora sem criar verdadeiras situações de golo.

Israel, que vinha de uma goleada por 7-2 infligida ao Azerbaijão, saía em contra-ataques, usando preferencialmente o corredor direito, onde se destacava Amir Agaiev, o melhor dos israelitas.

Portugal ganhou vantagem aos 15 minutos, num remate de pé esquerdo de William Carvalho dentro da área, após canto de Sérgio Oliveira. Falha da defensiva israelita que se iludiu com o movimento de Paulo Oliveira. Foi o segundo golo do médio do Sporting, ele que tinha marcado na goleada a Noruega por 5-1.

Com o golo, Portugal serenou o jogo e colocou em campo o "complicómetro", colocando de lado a simplicidade e transformando o fácil em difícil. Os passes curtos eram adornados, com os jogadores a arriscarem nas saídas para o ataque perto da área portuguesa, quando se pede prudência e um pontapé para a frente quando o jogador está pressionado.

Em face disso, a formação lusa perdeu muitas bolas em zonas perigosas e, tivesse Israel mais três ou quatro jogadores mais perigosos à frente, e Portugal teria sofrido alguns dissabores. Até William Carvalho, jogador de futebol simples, talvez contagiado pelos colegas, tentou adornar alguns lances. Sérgio Oliveira, Bruma e Ivan Cavaleiro foram os que menos clarividência mostraram. A superioridade em relação ao adversário permitia que os jogadores “relaxassem” um pouco, errando nas decisões.

Exemplo do complicar o que parecia ser fácil foi um desperdício de Ivan Cavaleiro aos 31 minutos, que, após cruzamento do capitão Luís Martins na esquerda: O avançado do Benfica B preferiu um toque em habilidade em vez de rematar com o pé esquerdo, na pequena área.

O segundo golo de Portugal apareceu na altura certa, aos 44 minutos, num cabeceamento de Bruma ao segundo poste. O lance começa em William Carvalho que faz uma boa aberturA para Sérgio Oliveira, que cruza para a área, Ivan Cavaleiro perturba a saída do guarda-redes. A bola sobra para Bruma que encosta para o 2-0.

O segundo tempo não foi diferente do primeiro. Portugal continuava a dominar, Israel ia saindo em contra-ataque e ia conseguindo, de quando em vez, perturbar o guarda-redes José Sá mas o quarteto defensivo foi resolvendo os problemas.

Apesar de ter mais bola, de usar e abusar de um futebol de passe curto, de triangulações, faltava a objetividade necessária e clarividência no último terço do terreno para criar situações de golo.

Mesmo sem "forçar", a formação de Rui Jorge fez o terceiro, num autogolo de Tawatta, que desviou de cabeça um livre de Tozé (entrou para o lugar de Sérgio Oliveira).

Até ao final, Ivan Cavaleiro, Bruma e Ricardo poderiam ter marcado mas não conseguiram bater o guarda-redes Levi.

Portugal somou a segunda vitória em outros tantos jogos e lidera o Grupo 8 do apuramento ao Euro sub-21 de 2015.