A médio Amanda DaCosta, estreante nas convocadas de Portugal na qualificação para o Euro2017 de futebol feminino, assumiu hoje estar “muito sensibilizada pela experiência fantástica” de poder representar o país.

“Os meus pais são portugueses e ainda tenho família em Portugal. Poder representar o país significa muito para mim”, disse a jogadora do clube norte-americano Washington Spirit, que faz a estreia absoluta nas seleções lusas.

Em declarações à agência Lusa, a médio criativa de 26 anos revelou-se conhecedora do futebol português, inclusivamente da “nova vida que se pretende dar à seleção feminina, que, com várias novidades, procura metas mais ambiciosas”.

“Para uma equipa ser bem-sucedida, é preciso haver um equilíbrio entre jovens energéticas e entusiastas com outras que também possam aportar experiencia, sempre necessária para transmitir segurança, lidar com a pressão e perceber como se ganham os jogos. Portugal pode ter uma boa combinação de jogadoras que ajude ao êxito”, vincou.

Amanda DaCosta acredita que pode “contribuir para levar a seleção a uma grande competição internacional”, algo que nunca aconteceu: atualmente, disputa a qualificação para o Euro2017, tendo perdido o único desafio até ao momento (2-1 em casa com a República da Irlanda).

A receção ao Montenegro a 26 de novembro, no Estoril, seguida de visita a Espanha, a 01 de dezembro, em Badajoz, vão constituir a estreia da nova pupila de Francisco Neto, que já lhe deu conta do projeto luso.

“Estou excitada para começar este novo capítulo na minha carreira. E nervosa. Há uma barreira linguística. Falo bom castelhano, mas não bom português. Percebo, mas ainda tenho alguma dificuldade em falar. Vai ser uma boa oportunidade para aprender a língua do meu país a praticar o desporto de que tanto gosto”, congratulou-se.

Amanda DaCosta chegou a trabalhar nas camadas jovens das seleções dos Estados Unidos, mas nunca foi internacional pelas atuais campeãs do mundo: “Esta é a altura de dar esse rumo à minha carreira. Nesta fase, quero abdicar de poder representar os Estados Unidos para contribuir na evolução de Portugal.”

A jogadora define-se como “médio criativa, com boa visão de jogo, uma atleta que gosta de ter a bola nos pés, ao estilo português, tecnicista”.

“Cresci a ver o Benfica jogar, pois era a equipa do meu pai. Aprendi muito a ver os jogos. O estilo europeu continua em mim desde muito jovem”, vincou.

Quando jogou no Liverpool cruzou-se com Cláudia Neto, “embora na altura não soubesse que ela era portuguesa”.

A época nos Estados Unidos terminou em setembro, mas garante que tem feito um plano de preparação individual que lhe permita estar na melhor condição para o duplo confronto de Portugal.