A Espanha, vencedora dos dois últimos europeus de sub-19, e as seleções sul-americanas que deixaram pelo caminho Argentina e Brasil são os principais adversários de Portugal no Mundial de futebol de sub-20.

Na Turquia, de 21 de junho a 13 de julho, a formação lusa apresenta-se com o melhor palmarés, face aos títulos conquistados em 1989 e 1991 e por culpa da ausência de argentinos, que somam seis troféus, e brasileiros, vencedores de cinco.

O afastamento dos eternos favoritos, nomeadamente do Brasil, recente vencedor do Torneio de Toulon, faz emergir outras seleções, casos da Colômbia, que se sagrou campeã do sul-americano de sub-20, em fevereiro, Paraguai, Uruguai e Chile, formações que nunca venceram a competição.

No entanto, a Espanha, que conquistou as edições de 2011 e 2012 dos Europeus de sub-19, frente a República Checa e Grécia, respetivamente, surge como a principal candidata a reconquistar um troféu que lhe escapa desde 1999, quando Iñaki Sáez levou Xavi, Marchena ou Casillas ao título mundial.

Sob o comando de Julien Lopetegui, a Espanha tem o seu ponto forte no ataque, no qual pontificam o “génio” de Gerard Deulofeu, jogador já utilizado em 2012/2013 na equipa principal do FC Barcelona, e o goleador Jese Rodriguez, do Real Madrid.

Além de “La Rojita”, da Europa surgem potenciais “outsiders”, como a anfitriã Turquia, a Grécia, a Croácia e ainda a França, de Paul Pogba (Juventus), e a Inglaterra, que não têm grandes tradições na prova.

O Egito, campeão africano de sub-20 em 2013, parece ser a maior ameaça do continente, mais do que o Gana - que conquistou o único título para África e o único que fugiu a Europa e América do Sul, em 2009 -, a Nigéria e o Mali.

Nas contas do título pode também entrar a sempre presente formação do México.

Na fase de grupos, os duelos entre França e Espanha, no Grupo A, entre Nigéria e Portugal, no B, e entre Colômbia e Turquia, no C, prometem “aquecer” a competição para a segunda fase.

A prova turca, aparentemente alheia à instabilidade ocorrida nas últimas semanas em Istambul, pode muito bem ser o palco para a afirmação de vários jogadores, entre os quais se podem identificar os portugueses Bruma e Tiago Ilori, o croata Marko Livaja, o francês Pogba ou os espanhóis Deulofeu e Jesé.

Os 52 jogos do Mundial vão ser disputados em sete cidades turcas, por 24 seleções, que estão divididas em seis grupos, qualificando-se para os “oitavos” os dois primeiros classificados de cada um dos agrupamentos, assim como os quatro melhores terceiros.

Portugal vai disputar a primeira fase no Estádio Kadir Has, em Kayseri, uma cidade turca da região da Anatólia, no centro do país, de um milhão de habitantes, estreando-se com a Nigéria, na sexta-feira. Três dias depois, defronta a Coreia do Sul e, a 27 de junho, fecha com Cuba.

Caso vença o grupo B, Portugal mantém-se em Kayseri, jogando o embate dos oitavos de final frente ao terceiro melhor classificado das “poules” A, C ou D, enquanto se for segundo rumará a Istambul, onde defrontará o segundo classificado do Grupo F (Croácia, Nova Zelândia, Uruguai e Uzbequistão).

Na eventualidade de ser um dos melhores terceiros, a equipa das “quinas” vai jogar em Gaziantep, diante do vencedor do Grupo D (México, Grécia, Paraguai e Mali) ou em Trabzon, frente ao primeiro do C (Turquia, Colômbia, Austrália e El Salvador).