"Há um mês atrás não era este estado de espírito de muitas pessoas. Eu sempre acreditei que a selecção nacional ia estar presente no mundial, acreditava no seleccionador Carlos Queiroz e acreditava nos jogadores. Sabia que em circunstâncias normais estaríamos do mundial", revelou o técnico portista.

Jesualdo Ferreira ficou "contente" pelos golos dos “dragões” Bruno Alves, na Luz, e de Raul Meireles, na Bósnia, que deram a vitória nos dois encontros do apuramento, mas sublinhou conseguir distanciar-se da lógica clubista na análise das duas conquistas.

"Fico muito contente pelos jogadores do FC Porto representarem as selecções. Para nós não é muito bom, mas para eles é importante porque os promove e qualifica. O facto deles terem sido os jogadores que marcaram os golos deixa-nos contentes, mas naquele momento não vejo para além de dois jogadores da selecção que foram fundamentais para o apuramento", explicou.

O treinador do FC Porto apontou ainda o dedo às vozes críticas que "têm dificuldade em digerir" o sucesso, encontra "ironias" nas avaliações da campanha portuguesa e sente dificuldade ao ver que não existe "honestidade em mudar de opinião e dizer que Portugal foi capaz".

Além de demonstrar contentamento pelo apuramento, Jesualdo Ferreira endossa "os parabéns a todos os intervenientes e particularmente ao professor Carlos Queiroz", depois de uma partida jogada num "relvado miserável" e perante "um público pouco educado" nas bancadas, onde viu "com gozo e contra todos os protocolos" o presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

Jesualdo Ferreira concluiu a sua análise ao apuramento da selecção nacional dizendo que "no tudo ou nada quem ganha geralmente são os melhores".