Toni não se recorda de uma situação igual em torno da equipa das “quinas” e embora reconheça erros no trabalho de Carlos Queiroz, considera que a solução para a selecção nacional de futebol passa por “uma reforma estrutural”.

“Não me lembro de uma situação igual e pouca gente se lembrará da sucessão de factos e resultados que se vivem, e que não podemos dissociar do que está a acontecer à selecção”, disse à agência Lusa o antigo treinador que fez parte da equipa técnica do Euro84, a par com Fernando Cabrita, António Morais e José Augusto.

Toni considera que, no “meio do vulcão ou terramoto” que se vive, “não estão criadas condições para a selecção ter sucesso”, já que não tem “estabilidade e tranquilidade para viver esta convulsão” de acontecimentos.

Portugal que perdeu terça-feira frente à Noruega e empatou a quatro golos com o Chipre, está a ter um dos piores inícios de uma qualificação da sua história (desta vez para o Euro2012), apenas igualado pelos apuramentos – ambos falhados - para o Europeu de 1976 e para o Mundial de 1998, a última grande competição em que não esteve presente.

A par dos resultados de Portugal, a selecção das “quinas” tem o seu treinador Carlos Queiroz castigado com uma suspensão de seis meses por perturbação de um controlo antidoping.

O técnico diz ser fundamental que se implementem reformas estruturais, que vão demorar o seu tempo a terem resultados.

“É importante analisar o que aconteceu desde 1996 para cá, só falhamos o mundial de 1998. Desde aí que há uma sucessão de presenças em campeonatos do Mundo e da Europa. Por isso pensámos todos que estava tudo bem, porque havia resultados”, explicou.

O facto de não se terem implementado “essas reformas estruturais” levou à presente situação e agora demorará “algum tempo a obterem-se resultados”.

“Há que reformular a estrutura federativa, a estrutura técnica e olharmos para a frente. O ‘viveiro’ das selecções AA são os sub-21 os sub-20, sub-19 e sub-18 e veja-se o que há para aí”, alertou Toni.

Sobre Carlos Queiroz, Toni defende que o seleccionador nacional “cometeu alguns erros”, avançando que seria a pessoa ideal para assumir um cargo de “director técnico nacional”, pelo método de trabalho que tem.

“Considero o Carlos Queirós um individuo inteligente, não esperto, mas inteligente, mas cometeu alguns erros que eu pensava que pela sua inteligência não cometeria, mas acabou por embrulhar-se nesses erros. Estaria melhor no cargo de director técnico nacional”, rematou.

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